No segundo dia de greve, servidores protestam e pedem 11,6% de reajuste
Os servidores administrativos da educação (escolas municipais e Ceinf – Centros de Educação Infantil), que entram hoje (1°) no segundo dia de greve, realizam uma manifestação para apresentar contraproposta de reajuste salarial. Aproximadamente 150 trabalhadores que se concentram no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia seguem em direção ao prédio da Prefeitura Municipal para formalizar as reivindicações.
O grupo quer aumento linear não escalonado de 11,6%, bolsa alimentação no valor de R$ 400 (atualmente é R$ 190) e insalubridade para algumas categorias – como cozinheiras – de 20%. Todos os valores foram discutidos e reduzidos, anteriormente os servidores exigiam 25% de reajuste, 150% de aumento da bolsa alimentação (que passou para 112%). “Queremos negociar com o Executivo, por isso baixamos todos os índices. É a nossa contraproposta, queremos trabalhar dignamente e ser respeitados”, afirmou o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa.
Os servidores não aceitaram proposta de 9,57% de reajuste apresentada ontem (31) pelo prefeito Alcides Bernal (PP). As categorias 1 a 7 vão receber o reajuste integral em maio. Já para as categorias 8 a 10, o reajuste vem em duas parcelas: 5,57% em maio e o restante em dezembro. A divisão também foi adotada para quem faz parte das categorias 11 ao 16, com 3,57% em maio e a diferença em dezembro.
Ontem (31) mesmo - às 16h57 - o projeto de reajuste salarial do Executivo foi enviado para a Câmara Municipal, que deve votar até terça-feira (5), 180 dias antes do período eleitoral. O valor foi aceito pelos Guardas Municipais e também enfermeiros, que suspenderam as manifestações por reajuste.
“Nossas reivindicações foram atendidas”, afirmou o presidente do Sinte-PMCG (Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem do Prefeitura Municipal de Campo Grande), Hederson Fritz, que deixou a coletiva de imprensa – onde foi feito o anúncio do reajuste –, sem negociação em relação as demais necessidades da categoria (como alimentação durante os plantões, por exemplo).
A greve dos administrativos tem baixa adesão, enquanto o Sisem espera paralisação de 40% a 70% dos servidores. “Vamos respeitar e manter 30% dos servidores trabalhando”, afirma Tabosa.
Os agentes comunitários de saúde, também não aceitaram a proposta de reajuste, e prometem continuar em protesto hoje (1), também no Paço Municipal. Mas a categoria só estará no local entre 11h20 e 12h20, no horário de almoço. "Vamos manter somente no horário de almoço para não prejudicar os agentes. Cada dia cortado deles é R$ 600 a menos no salário", afirmou o diretor do Sisem, Willian de Freitas.