Após protesto, Prefeitura decide ouvir servidores e tentar evitar greve
Há mais dois anos sem reajuste, servidores pedem 15% de aumento
Durante manifesto esta manhã em frente à Prefeitura, protagonizado por servidores administrativos da Educação, a Administração Municipal aceitou se reunir com representantes do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande) para debater os 48 pedidos entregues em ofício datado de 25 de fevereiro. O encontro acontece na próxima quarta-feira (30), às 16 horas, no Paço Municipal e terá como principal assunto a defasagem salarial da categoria que, sem reajuste em 2015, pede 15% de aumento para este ano.
Caso não haja acordo, as escolas municipais e Ceinfs (Centro de Educação Infantil) de Campo Grande devem amanhecer fechadas a partir desta quinta-feira (31), com a deflagração de greve, segundo informou o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, durante o protesto que durou cerca de 1h30 e reuniu mais de 200 sindicalizados.
No local, manifestantes gritavam, em coro, “desce Bernal, desce Bernal” reclamando de descaso por parte da gestão municipal. Representando o prefeito Alcides Bernal, o secretário de governo, Paulo Pedra, foi ao estacionamento conversar com as lideranças e agendar a reunião. À imprensa, explicou que recebeu o ofício e que já estudam um reajuste para todos os servidores, que deve ser anunciado ainda esta semana. “Todos os sindicatos mandam ofício, mas quando querem uma reunião eles ligam e a gente marca. Todos têm meu celular e ninguém me ligou”, justificou o secretário.
Integrantes do Sisem rebateram alegando que "uma instituição deve tratar com outra instituição de maneira oficial e não por telefonemas". Conforme a direção do Sindicato, não são a favor da greve apenas os agentes municipais de saúde. “Hoje representamos 10,5 mil servidores, e a apenas dois mil não aceitaram o movimento grevista. A maioria está bastante insatisfeita”, reforçou Marcos Tabosa, que deu voz ao protesto, com microfone e carro de som. Conforme ele, rumores dão conta de um reajuste na ordem de 7%, abaixo da inflação, e que não será aceito.