Após professores, administrativos da Educação fazem dois dias de greve
Funcionários se reúnem na Avenida Afonso Pena, segundo o presidente do Sisem
Servidores do setor administrativo dos Ceinfs (Centro de Educação Infantil) e das escolas municipais participam nesta segunda-feira (28) do que chamam de “paralisação de advertência”, segundo o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa. Manifestação surge depois de duas semanas que os professores do município também optaram pela greve - eles reivindicam o reajuste deste ano e de 2015.
De acordo com o dirigente, pelo menos 100 pessoas, por enquanto, se reúnem na Avenida Afonso Pena com a Rua Bahia, na Capital. Eles reivindicam o reajuste salarial da categoria, que deve ser enviado em projeto de lei até 5 de abril pelo prefeito Alcides Bernal (PP).
No entanto, ainda conforme explica Tabosa, informações extraoficiais dão conta de que o aumento a ser proposto por Bernal será abaixo da inflação. “Decidimos fazer a paralisação de advertência e voltamos a trabalhar na quarta-feira”, disse. Até lá, a categoria vai esperar uma contraproposta; se não houver, o presidente promete greve a partir da quinta-feira.
A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pela reportagem do Campo Grande News, que questionou sobre o projeto de lei do reajuste, mas não teve resposta até o fechamento e publicação deste texto.
Boicote - Utilizado para as manifestações, o caminhão de som do sindicato teria sido danificado da noite de domingo (27) para esta segunda-feira, afirmou Marcos Tabosa. Em um vídeo gravado nesta manhã, o dirigente diz que todos os cabos e fiação do caminhão foram cortados e a bateria roubada.
No vídeo, Tabosa afirma que a situação foi “orquestrada por alguém”, em um dia de manifestação do grupo. Promete também levar o caso para a polícia. O presidente grava partes do caminhão que estão danificados.
À reportagem do Campo Grande News, Tabosa reafirmou a situação, mas disse que um outro veículo foi alugado para dar continuidade a programação de hoje. “Não podemos acusar ninguém, mas é muito estranho isso no dia da nossa manifestação. Mas isso não faz a gente parar”. Ele ainda não sabe precisar quantos servidores devem aderir à paralisação.