Operação investiga empresas de saúde e educação contratadas pelo governo
Equipe está em imóvel onde já funcionaram 3 empresas que fecharam contratos com governo e prefeituras
O Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) está nas ruas, em operação conjunta com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e investiga contratos da saúde e educação firmados com o poder público. Esta manhã, a equipe cumpre mandados em imóvel no Jardim Paulista, onde já funcionaram três empresas que tiveram ou ainda têm contratos em vigor com o Governo do Estado e prefeituras do interior, todos assinados até 2022.
Esta manhã, três carros descaracterizados do Gaeco estiveram no imóvel na Rua Geraldo Agostinho Ramos, para recolher documentos. O promotor Humberto Lapa Ferri, titular da 31ª Promotoria do Patrimônio Público de Campo Grande, acompanha a operação e confirmou ao Campo Grande News que "essas empresas prestavam serviço tanto nas áreas de saúde quanto de educação".
Segundo vizinhos, é a primeira vez que o Gaeco vai ao endereço. Atualmente, apenas a empresa Maiorca Soluções em Saúde, Segurança e Padronização tem o local como sede ativa, mas está de mudança. Por isso, as equipes só encontraram uma pessoa e caixas com luvas cirúrgicas e de leite especial. Não havia qualquer documento no local.
A casa está com placa de aluga-se e a informação apurada pela reportagem é que o atual inquilino deve desocupar o imóvel até dezembro.
Conforme dados da Redesim, do governo federal, a empresa Maiorca está em atividade desde 2016, com histórico de contratações com a Secretaria Estadual de Saúde e com prefeituras, como com Chapadão do Sul, Dourados, Aquidauana, Naviraí e Ponta Porã, por exemplo. Mas o Ministério Público não informa o que está sob investigação.
Também já funcionaram, no mesmo local, outras duas empresas que tiveram contrato com o Governo do Estado, com as secretarias de Educação e Saúde, assim como serviram as prefeituras do interior.
A reportagem entrou em contato com assessoria do Governo do Estado e com a SES e aguarda retorno para atualização do texto. O proprietário da Maiorca Soluções também foi procurado, mas ninguém atendeu o telefone celular que consta no cadastro da empresa.
Como os contratos com as empresas que funcionavam no imóvel foram firmados na administração anterior, o Campo Grande News recorreu ao ex-secretário Estadual de Saúde Geraldo Resende e atual deputado federal. Por telefone, ele disse que não está sabendo de nenhuma operação do Gaeco. Diz que vai buscar informações e prestar esclarecimentos caso seja necessário.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.