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Capital

Pai que matou criança vai a júri por crime triplamente qualificado

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, também determinou que Evaldo fique atrás das grades

Aline dos Santos | 07/05/2020 08:29
Evaldo é acusado de matar o filho Miguel, que se afogou a ser colocado dormindo em bacia.
Evaldo é acusado de matar o filho Miguel, que se afogou a ser colocado dormindo em bacia.

Evaldo Christyan Dias Zenteno, 22 anos, vai a júri popular em junho pela morte do filho de dois anos. A criança Miguel Henrique dos Santos Zenteno foi colocada em uma bacia, dormindo e morreu asfixiada.

Segundo a sentença de pronúncia, o julgamento será por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, meio cruel e recurso que dificulta a defesa da vítima.

O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos, também determinou que Evaldo permaneça atrás das grades. Na decisão, o magistrado destaca as divergências no depoimento do preso.

Juiz Aluízio Pereira dos Santos mandou preso a júri popular na segunda quinzena de junho. (Foto: Kisie Ainoã)
Juiz Aluízio Pereira dos Santos mandou preso a júri popular na segunda quinzena de junho. (Foto: Kisie Ainoã)

Na delegacia, ao ser preso, ele  disse que estava com depressão devido à traição da ex-mulher, mãe da criança. Então, encheu a bacia e colocou o filho ainda de roupa para se afogar sozinho.

Em juízo, Evaldo relatou que foi dar banho na criança e a deixou na bacia para ver se acordava. Em seguida, foi até outro cômodo para mexer no celular e quando voltou o menino tinha se afogado.

O caso - Evaldo foi preso em 19 de setembro depois de levar o filho já morto para a Santa Casa de Campo Grande. Em um primeiro momento afirmou que o menino havia sido jogado em um córrego durante um assalto.

A polícia foi chamada e logo os furos na versão começaram a aparecer. O jovem então confessou ter matado Miguel Henrique com ajuda de dois comparsas.

Alegou que foi orientado por um amigo a tirar a vida do próprio filho para se vingar da ex-mulher, mãe da criança, de quem estava separado há dois meses.

Ele chegou a levar a polícia até a casa do suspeito, mas no local as equipes descobriram que Evaldo estava novamente mentindo. Diante da situação, acabou confessando ter cometido o crime sozinho.


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