Passageiros esperam mais lojas e conforto no embarque após obras
Aena Brasil anunciou pacote de obras que inclui pontes de embarque, pavimentação e ampliação de estacionamento
O anúncio do pacote de obras que vai contemplar o Aeroporto Internacional de Campo Grande, feito nesta segunda-feira (25), gerou expectativas aos usuários de que mais empresas invistam em empreendimentos dentro do local após as reformas prometidas pela Aena Brasil, concessionária espanhola que assumiu a administração do Aeroporto Internacional de Campo Grande em 13 de outubro do ano passado.
A falta de opções de locais para comer e de lojas para visitar em longas esperas pelo voo, além das tão desejadas pontes de embarque (fingers) - dispositivo mecânico que faz a ligação entre o terminal e o avião - foram alguns dos pontos levantados pelos usuários ouvidos pelo Campo Grande News na manhã de hoje (26).
A social media Raíssa Barbosa, 21, estava de passagem pelo aeroporto, após realizar uma viagem para Bonito, distante 297 quilômetros de Campo Grande. Ela mora em São Paulo e comenta que a primeira coisa que observou no aeroporto da capital sul-mato-grossense foi a pouca opção de lojas e restaurantes para visitar.
“Agora a gente vai ter que esperar mais de duas horas pelo voo. Se fosse em São Paulo, teria um monte de lojas para olhar enquanto aguarda, você anda igual anda em um shopping. Aqui já não tem opção”, diz Raíssa.
O bobinador Douglas Oliveira, 25, diz que quando desembarcou com Raíssa, eles tiveram a impressão de que o prédio era muito pequeno para ser um aeroporto. Apesar disso, ele considera que as mudanças previstas pela Aena irão aprimorar a experiência dos usuários, principalmente com relação às prometidas pontes de embarque.
“Se uma hora estiver chovendo e tudo mais, tem todo um preparo para receber os visitantes, até mesmo porque aqui fica perto de Bonito, uma cidade turística e tudo mais, vem bastante turista para cá, acho que vai ser uma melhoria muito boa”, diz Douglas.
O empresário Márcio Bonfim Cruz, 52, morador de Campo Grande, diz que o aeroporto da Capital precisa de melhorias na infraestrutura e mais opções de lojas. Ele cita que dentro do local não há muitas opções de restaurantes e lojas para os passageiros, além de o espaço ser pequeno.
“Só tem essa lanchonete e a sala vip para quem tem acesso. Fora isso não tem mais nada. Por mais que aqui não tenha um grande fluxo de passageiros, o terminal em si é pequeno. Tem vez que não tem cadeira lá no embarque pra sentar, porque junta dois ou três voos próximos”, opina Márcio.
O empresário também reclama que em dias de chuva, o passageiro tem que ir andando a céu aberto até chegar no avião, por isso, a expectativa pelo portão direto de embarque, que conecta o terminal ao avião, é aguardado com grandes expectativas. “Isso é ruim demais. Mas tomara que essa obra alavanque a qualidade do aeroporto. Campo Grande precisa disso”.
O eletricista Gilsomar Ramos, 45, mora em Salvador, Capital da Bahia, e estava em Três Lagoas, interior de Mato Grosso do Sul, a trabalho. Em sua breve passagem pelo aeroporto de Campo Grande, ele observou que tem pouco banco para sentar e apenas uma lanchonete.
“Minha segunda vez aqui nesse aeroporto. Não acho ele ruim, mas se vai ter obra quer dizer que vai melhorar bastante coisa. Quem sabe a obra não ajude a trazer mais empresas para cá”, diz o eletricista.
Pacote de obras - A lista de obras inclui três pontes de embarque, novo pavimento e ampliação do terminal de passageiros para 12.000 m² (metros quadrados), ampliação de estacionamento, novos edifícios de apoio, nova área de escape, construção de novo parque de abastecimento de aeronaves e reconfiguração do pátio da aviação comercial com 11 posições para aeronaves.
O Aeroporto de Campo Grande teve fluxo de 1,4 milhão de passageiros em 2019, último ano antes da pandemia. Em 2022, foram 1,3 milhão de passageiros. No ano passado, o total foi de 1.518.223 passageiros. Com as reformas, o aeroporto deve atingir capacidade de 2,6 milhões de passageiros ao ano.
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