ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, DOMINGO  24    CAMPO GRANDE 35º

Capital

Perícia vai analisar mecha de cabelo de menina que apanhou em escola

Menina de 12 anos levou mecha que teria sido arrancada por mãe de colega; estopim seria "brincadeira de adolescente"

Silvia Frias e Ronie Cruz | 23/07/2019 10:07
Alunos tentam ajudar colega, em briga ocorrida ontem (Foto/Reprodução: vídeo)
Alunos tentam ajudar colega, em briga ocorrida ontem (Foto/Reprodução: vídeo)

Uma mecha de cabelo, que teria sido arrancada de menina de 12 anos agredida pela mãe de colega, será periciada pela Polícia Civil. O material foi levado pela garota à DEPCA (Delegacia de Proteção à Infância e Adolescência) ontem, ao prestar depoimento.

A confusão envolvendo a mulher, uma esteticista de 33 anos, e a menina foi filmada ontem de manhã, dentro da sala de aula da escola municipal Professor José de Souza, no bairro Buriti, em Campo Grande.

A delegada titular Anne Karine Trevisan disse que o estopim da briga começou com “brincadeira de adolescente”. Em depoimento à Polícia Civil, a menina de 12 anos disse que era amiga do garoto, também de 12 anos.

O garoto teria pedido um abraço para a colega e, na brincadeira, acabou enfiando o dedo no olho da menina que revidou e acabou segurando fortemente no braço dele.

A mãe do garoto também prestou depoimento e disse ter recebido telefonema da diretoria da escola, dizendo que deveria levar o filho para atendimento médico na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) pois teria se machucado.

A mulher justificou o surto dizendo que a menina respondeu com deboche ao ser questionado se ela agrediu o garoto. “É, fui eu mesmo”.

Segundo a delegada, a menina está com manchas vermelhas nas pernas e arranhões no tórax, o que seria decorrente das agressões sofridas. Uma mecha de cabelo teria sido arrancada e foi levada pela menina à polícia. Ela será encaminhada para exame de corpo de delito.

Anne Karine disse não há qualquer registro de boletim de ocorrência contra as crianças. “Eles são tranquilos, não tem qualquer histórico; a mãe não soube lidar com a situação”, disse.

Outras testemunhas serão ouvidas esta semana e provavelmente o caso será relatado em TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) como lesão corporal dolosa e injúria - no vídeo, a mulher grita “vagabunda” -. Em caso de condenação, a pena prevista é de um a três anos de detenção.

O caso também está sendo investigado na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Adolescência) para apurar se a garota é responsável por agredir o menino. A delegacia Ariene Murad já enviou notificação para que ele seja submetido a exame de corpo de delito.

No material recebido pela polícia até agora não há comprovação de que o garoto tenha sofrido fratura no dedo.

Nos siga no Google Notícias