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Capital

Peritos querem R$ 93 mil para vasculhar contas de réus da Coffee Break

O orçamento foi anexado um mês depois que o processo voltou a “andar” na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande

Anahi Zurutuza | 24/04/2019 12:16
No dia 25 de agosto de 2015, dia que a Capital teve três prefeitos em um dia, equipe do Gaeco esteve na Câmara Municipal (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
No dia 25 de agosto de 2015, dia que a Capital teve três prefeitos em um dia, equipe do Gaeco esteve na Câmara Municipal (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

A Assis Duarte Consultores e Peritos Associados, empresa nomeada pela Justiça, para analisar as movimentações financeiras dos réus da ação resultado da Operação Coffee Break cobra R$ 93,5 mil para o serviço. O orçamento foi anexado um mês depois que o processo voltou a “andar” na 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande.

Em março, o juiz David de Oliveira Gomes Filho decidiu reorganizar o processo. A ação que nasceu com 28 réus agora tem 14 e já contabiliza mais de 15 mil folhas.

Pela contagem até 7 de março de 2019, seguem réus Jamal Mohamed Salem (vereador), Waldecy Batista Nunes (ex-vereador), André Luiz Scaff (procurador municipal), Mario César de Oliveira (ex-vereador), André Puccinelli, Gilmar Antunes Olarte (ex-prefeito), espólio de José Alceu Padilha Bueno (ex-vereador). As empresas Proteco Construções, LD Construções e CG Solurb também respondem a ação civil por improbidade administrativa.

Perícia - Na mesma decisão, o magistrado deferiu a perícia e nomeou a empresa de contabilidade.

A Assis Duarte Consultores e Peritos Associados foi notificada e aceitou o trabalho, mas fazendo uma ressalva. Um dos peritos trabalhou em empresa que prestava serviços para a CG Solurb, uma das acusada de participar de conluio e comprar vereadores para cassar o então prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

De acordo com a decisão, as partes poderão indicar assistente técnico e apresentar quesitos. Os honorários serão pagos por Mario César, Jamal Salém, Gilmar Olarte e Raimundo de Carvalho. Eles solicitaram a perícia.

A movimentação financeira mostra que vereadores receberam depósitos não identificados e de empresa no período entre 2013 e 2014, anos em que ocorreram a abertura da Comissão Processante e votação da cassação de Bernal.

A operação - Pouco mais de um ano depois do então chefe do Executivo ter sido tirado do cargo, em 25 de agosto de 2015, vésperas do aniversário de 116 anos Campo Grande, moradores viram a Capital ter três prefeitos em um só dia.

A cidade acordou com Olarte no cargo, almoçou com a notícia de que o vereador Flávio César assumiria a administração municipal e dormiu com Bernal de volta ao comando.

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