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Capital

Plano para atendimento a vítimas de dengue inclui hospital de campanha

Paula Vitorino | 27/12/2012 10:14
Terrenos abandonados são criadouros do mosquito. Registro de mato alto no Tijuca, que tem situação crítica de infestação. (Foto: Elverson Cardoso)
Terrenos abandonados são criadouros do mosquito. Registro de mato alto no Tijuca, que tem situação crítica de infestação. (Foto: Elverson Cardoso)

Com o objetivo de estar preparado para situações críticas de epidemia de dengue, plano contingencial da Prefeitura de Campo Grande prevê a ações de emergência, como a instalação de tendas para tratamento de pacientes em locais estratégicos da cidade.

A medida, diz o secretário de Saúde, Leandro Mazina, está prevista em planos de outras cidades e já foi utilizada pelo Rio de Janeiro, por exemplo, durante epidemia.

No entanto, o secretário garante que o cenário de Campo Grande é diferente da Capital carioca, e que por isso a cidade tem estrutura para enfrentar uma epidemia sem a necessidade de utilizar as tendas.

“Nós, aqui, temos estrutura. Temos unidades 24 horas espalhadas por toda a cidade, com espaço grande e, além disso, as unidades básicas de saúde que podem atender a população”, diz.

O secretário lembra que a Capital já enfrentou duas grandes epidemias, em 2007 e 2010, e não precisou adotar a estrutura emergencial.

Ele explica que as medidas extremas, como a tenda de tratamento, precisam estar previstas no plano porque o projeto prevê desde ações para situações normais até críticas.

Situação – Apesar do aumento no número de casos de dengue neste mês, o secretário afirma que ainda é cedo para se falar em epidemia. Segundo ele, só em janeiro e fevereiro será possível fazer uma análise real da situação para avaliar se a cidade enfrenta epidemia.

A justificativa, Mazina diz, é o já previsto aumento de casos de dengue no verão. “Em dezembro, no verão, sempre tem aumento de caso porque aumenta a incidência do mosquito”, diz.

Dados do Lira (Levantamento Rápido de Infestação), divulgado ontem, aponta que nove bairros estão em situação crítica, ou seja, com índice de infestação acima de 4,3 – até 3,9 é considerado estado de alerta.

Os bairros mais críticos são: Jardim Noroeste, Veraneio, Universitário, Tiradentes, São Lourenço, Santo Amaro, Itamaracá, São Conrado e Tijuca.

Até dezembro deste ano a Capital já registrou 6.793 notificações de dengue, com 668 confirmados e três mortes. Uma quarta morte por dengue está em investigação, segundo o secretário.

O mês de dezembro foi o que mais registrou notificações em 2012, já são 979. No ano passado, o mês teve menos da metade de notificações – 427.

O número de casos confirmados também foi menor no balanço geral de 2011, que fechou com 506 casos.

De acordo com o secretário, ações de combate a dengue são realizadas o ano todo, mas segundo recomendação do Ministério da Saúde, desde o mês de agosto foram intensificadas. Borrifações e visitas nas residências são algumas das ações para prevenir a criação do mosquito da dengue.

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