Polícia apura origem de herbicida encontrado em condomínio de luxo
Guarnição encontrou equipamentos de proteção vencidos ao lado de agrotóxico de uso restrito
A PMA (Polícia Militar Ambiental) vai apurar a origem do veneno aplicado de forma irregular nas áreas verdes do Condomínio Alphaville 4, localizado na região norte de Campo Grande. Conforme noticiado, equipes estiveram no local durante a tarde desta sexta-feira (26) após denúncia anônima.
Ainda de acordo com a investigação, o herbicida CAMP-D é usado em lavouras contra plantas daninhas e não deveria ser aplicado em área urbana. No local de armazenagem, a guarnição da polícia encontrou EPIs (Equipamentos de Proteção Individuais) fabricados em 2020. A data de validade da proteção dura em torno de três anos após a retirada da embalagem.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, o condomínio também não tem inscrição estadual rural para fazer a compra do veneno e fez a aquisição irregular do agrotóxico em comércio da cidade. A suspeita é que o produto, portanto, seja contrabandeado, segundo o denunciante.
A preocupação do denunciante é com a exposição de pessoas e animais domésticos, aves e insetos ao produto tóxico. O meio ambiente também pode ser prejudicado com a contaminação do solo e lençol freático.
A fabricante do agrotóxico já sentou mais de uma vez no banco dos réus, nos Estados Unidos, acusada de ter participação importante no desenvolvimento de cânceres em americanos. A Bayer, grupo alemão responsável pela produção da substância, contesta as acusações, segundo registro do jornal da USP (Universidade de São Paulo).
A reportagem acompanhou, ainda pela tarde, o trabalho da fiscalização e não conseguiu contato com o responsável pelo residencial. O espaço seguirá aberto para declarações futuras.
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