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Capital

Polícia investiga se execuções estão relacionadas a crime ocorrido domingo

Luana Rodrigues e lucas Junot | 27/07/2017 16:10
Movimentação no local do crime. (Foto: Lucas Junot)
Movimentação no local do crime. (Foto: Lucas Junot)

Os dois jovens executados na tarde desta quinta-feira (26), no Jardim Carioca, em Campo Grande, são Reynam Felipe Vieira de Oliveira e Maickon Alves Marques, ambos de 22 anos. A suspeita é de que o crime tenha relação com outro duplo homicídio, que ocorreu no último domingo (23), no Jardim Campo Alto, em Campo Grande. Um motorista da Uber,  identificado como Nelson Tobaru, 32 anos, também foi baleado.

De acordo com uma mulher que estava no local da execução e se identificou como tia dos mortos, mas preferiu não revelar o nome, Maickon é neto de Antônio Marques, 72 anos, que foi morto por Joaquim Rodrigues de Oliveira, 58 anos, no domingo. Joaquim também morreu no dia da discussão, que ocorreu na Rua Caravelas, após uma troca de tiros.

Segundo esta mulher, os tiros que mataram Joaquim foram disparados por Maickon e Reynam, por isso os dois teriam ido até a 4ª delegacia de Polícia Civil hoje, para se entregar. Mas, segundo esta tia, eles não foram recebidos e voltaram para casa. Quando saíram novamente, foram mortos.

A delegada responsável pelo caso, Célia Maria Bezerra, do 4º DP, afirmou ao Campo Grande News que um advogado esteve na delegacia na manhã desta quinta-feira e disse que queria apresentá-los. No entanto,a delegada exigiu a apresentação da arma usada no crime do último domingo, que seria do avô de Maickon.

“O advogado, então, me disse que iria voltar com a arma, o Maickon e Reynam, como testemunha da versão do Maickon, mas não voltou”, explicou Célia.

Conforme a tia, os dois garotos estavam escondidos no jardim Carioca, justamente porque haviam sido ameaçados. "Eles chegaram em casa e já estavam entrando no Uber quando foram baleados", contou a mulher.

Execução - Os dois homens mortos eram passageiros de um Peugeot 207, que era usado por prestador de serviços da Uber. As vítimas teriam pedido a corrida para fugir de atiradores. O motorista levou pelo 3 tiros e foi levado para uma unidade de saúde pelos bombeiros.

Segundo testemunhas, os atiradores estavam em uma caminhonete Hilux prata e usavam armas de grosso calibre. Também foram vistas duas motos por testemunhas.

A movimentação é grande na região, inclusive com helicópteros. Moradores estão assustados e a aglomeração é intensa no trecho onde ocorreu o crime.

Estão no local policiais Garras (Delegacia Especialidade de Repressão a Roubos Bancos, Assalto e Sequestro), da PM, militares do Corpo de Bombeiros e uma equipe da funerária para buscar os corpos.

Testemunnhas disseram que viram homens com armas que pareciam fuzis, mas no local só foram identificadas capsulas de pistola 380 e .40.

O duplo homicídio - Joaquim Rodrigues de Oliveira, 58 anos, e Antônio Marques, 72 anos, morreram após um atirar no outro, por volta das 19h30 de domingo (23), na Rua Caravelas, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande. O pivô da confusão seria Maickon Alves Marques, 22 anos.

Conforme boletim de ocorrência, testemunhas relataram que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando Joaquim se armou com um revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação.

Na sequência, Antônio - avô de Maickon - também se irritou com a situação e armado atirou em direção a Joaquim, que revidou e acertou Antônio com tiro na cabeça e o outro na axila. Já Joaquim foi atingido com pelo menos cinco disparos, sendo na coxa direita, dois nas costas, peito e barriga.

Ainda de acordo com registro policial, Maickon recolheu uma das armas e terminou de descarregar em Joaquim, que segundo relatos de testemunhas ainda estava vivo.

Em seguida, ele fugiu e levou uma das armas. A Polícia Militar fez diligências na região, mas não conseguiu encontrar o autor. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga.

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