Por 1 celular, "corre risco de não trabalhar mais", diz mãe de vítima de assalto
João Fernando Brandão, de 23 anos, foi baleado no sábado, por jovem que mora no mesmo bairro
Jovem ferido em tentativa de assalto em frente a sua casa foi baleado por conhecido, diz a mãe da vítima. Ana Magalhães Brandão, de 43 anos, conversou com o Campo Grande News na manhã desta terça-feira (19) e detalhou o medo vivido na noite de sábado (16), no condomínio Rui Pimentel, no Jardim Centro-Oeste.
Para a reportagem, a mãe contou que estava conversando com o filho, João Fernando Brandão, de 23 anos, em frente a sua casa momentos antes de ele ser baleado. Ana diz que não conhece o homem que atirou, mas o rapaz era “conhecido de vista” de João.
“Um carinha veio andando em nossa direção com casaco de capuz, se aproximou do filho e disse assim: ‘passa o radinho' (diz se referindo ao celular). O meu filho ainda disse assim pra ele: ‘para, cara’, ‘tá brincando’, mas o rapaz disse de novo: ‘passa o radinho logo’”, lembra.
A mãe diz que em seguida, João caminhou em direção ao homem para entregar o celular, mas foi atingido por dois tiros antes que pudesse repassar o aparelho. Os disparos atingiram o braço direito do jovem, próximo ao ombro, e o abdômen. Assustados, os dois correram para dentro de casa. Um dos disparos atingiu a parede da residência da família. Após atirar contra João, o homem fugiu.
“Ele corre o risco de não poder trabalhar mais. Fez a cirurgia de domingo para segunda no braço, agora vai esperar desinchar pra fazer outra. Ele apontou a arma pro meu filho, que só teve a reação de colocar o braço na cabeça pra proteger. Mesmo eu aqui na frente ele continuou atirando”, contou.
Após ser atingido pelos disparos, João foi socorrido pelo Corpo de Bombeiro e levado para a Santa Casa. Apesar de relatar que o quadro do filho está estável, a mulher relata que a bala, que atingiu o braço da vítima, fraturou o osso do membro, por isso o jovem corre risco de perder a mobilidade de seu braço direito.
Na casa onde a tentativa de assalto aconteceu, moram a mãe e seu esposo, junto de João e sua esposa. O jovem estava desempregado, mas Ana conta que o jovem realizava pequenos trabalhos em obras e como serviços gerais para ajudar no sustento da família.
Apesar de contar que no condomínio popular onde moram ser cobrada mensalmente uma taxa de R$ 55,00, o local não possui segurança alguma, por isso assaltos acontecem com frequência no local. “Os meus amigos até falam para me mudar daqui, para vender a casa, mas eu não vou sair porque quem está errado não sou eu, são eles”.
Mesmo relatando a insegurança da região e afirmando que pretende continuar morando no mesmo local, Ana conta que após seu filho ser baleado, vive com medo. “Estou morrendo de medo, sempre que passa uma bicicleta ou moto ela corre para dentro de casa”, disse.
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