Prefeito quer iniciar obras na antiga rodoviária até setembro
Abandonada deste outubro de 2009, o prédio da antiga rodoviária de Campo Grande deve começar a ser revitalizada ainda neste trimestre, até o final de setembro, a previsão é do prefeito Gilmar Olarte (PP). A marginalização e o violência no entorno do espaço foram tema de uma audiência pública na Câmara Municipal, realizado na última segunda-feira (14), e preocupam moradores e comerciantes da região central.
“Uma das alternativas é revitalizar as salas existentes para espaços de culturas. Ainda neste trimestre devemos começar com a revitalização. Tudo depende de levantamento e projeto completo com definição de onde sairá o recurso (para as obras)”, disse o prefeito na manhã desta quarta-feira (16).
Apesar da promessa, Olarte revelou que a Prefeitura ainda não possui um projeto finalizado para a revitalização do prédio, e que os planos ainda estão no campo das ideias. Uma das alternativas apresentadas pelo Executivo Municipal construção de uma praça de alimentação semelhante à feira central, para abrigar os “dogueiros”, que hoje ocupam a antiga plataforma urbana para comercializarem seus lanches.
A Prefeitura pretende também trocar todas as portas de metal das lojas por portas de vidro temperado, e encaminhar a significativa quantidade de dependentes químicos que usam o espaço para pernoitar para espaços públicos de tratamento de saúde.
Um dos entraves nos planos é alta soma com dívidas de IPTU dos lojistas do local, que chega a R$ 2,5 milhões. Uma proposta é a Prefeitura abater esse valor dos devedores, e usá-lo para desapropriar o subsolo do prédio, um salão de 2,5 mil metros quadrados para criar um estacionamento de 250 vagas. “Isso vai ajudar a suprir a necessidade de estacionamento no centro da cidade”, pontua o prefeito.
Olarte disse ainda, que apenas a Funsat (Fundação Social do Trabalho) manifestou interesse em ocupar o antigo prédio, para abrigar toda a estrutura do Credigente. O prefeito ainda aguarda um posição da Fundac (Fundação Municipal de Cultura) sobre a mudança.
Na antiga rodoviária há 226 espaços comerciais, e apenas 22 estão ocupados e em funcionamento. Para desapropriar todo o prédio a Prefeitura vai precisar desembolsar um total de R$ 10 milhões.