ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 25º

Capital

Prefeitura completa entrega de 55 ônibus e promete renovação em 2020

Nova frota reduz idade média de cinco anos estabelecida em contrato, porém, outros veículos completam 10 anos de uso

Tainá Jara | 02/12/2019 18:24
Entrega de 35 novos ônibus vai colocar a média de idade dos veículos em cinco anos, conforme previsto em contrato entre a prefeitura e o Consórcio Guaicurus (Foto: Kisie Ainoã)
Entrega de 35 novos ônibus vai colocar a média de idade dos veículos em cinco anos, conforme previsto em contrato entre a prefeitura e o Consórcio Guaicurus (Foto: Kisie Ainoã)

O Consórcio Guaicurus completou a entrega de 55 novos ônibus para renovação da frota de cerca de 500 veículos que compõem o transporte público de Campo Grande. Nesta segunda-feira, o prefeito Marcos Trad participou da entrega e 35 veículos, sendo 15 micro-ônibus . Com isto, a frota atinge a idade média de cinco anos de uso prevista em contrato. No entanto, outros veículos completam 10 anos de uso em 2020 e precisam ser substituídos.

Em setembro, foi oficializada na Cidade do Natal, nos altos da Avenida Afonso Pena, a entrega de 20 ônibus. A compra representa investimento de R$ 16,5 milhões, sendo que os veículos comuns custam cerca de R$ 300 mil cada.

Conforme o prefeito desde o início da sua gestão, em 2016, foram entregues 176 novos ônibus. A renovação está prevista no contrato assinado com o Consórcio Guaicurus, em 2011, mas não estava acontecendo, o que levou a prefeitura inclusive a acionar a Justiça no início deste ano.

Para manter a idade média será necessária a compra de novos ônibus em 2020. “Ano que vem é outra história. Nós temos que ver a validade dos ônibus que ainda estão circulando, fazer uma mensuração aritmética para depois determinar a necessidade de novos ônibus novos para cumprir o contrato”, explicou.

O diretor-presidente da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Vinícius Leite, estima que o tempo de vida de cerca de 50 ônibus vença em 2020. O presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, falou da compra, no entanto, não falou em quantidade de veículos.

O prefeito Marcos Trad fala ao lado do presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende (Foto: Kisie Ainoã)
O prefeito Marcos Trad fala ao lado do presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende (Foto: Kisie Ainoã)
Novos ônibus entregues não têm ar condicionado, mas são adaptados para pessoas com deficiência (Foto: Kisie Ainoã)
Novos ônibus entregues não têm ar condicionado, mas são adaptados para pessoas com deficiência (Foto: Kisie Ainoã)

Ar condicionado e corredor de ônibus - Principal exigência dos usuários, a compra de veículos com ar condicionado também não está garantida. Sem obrigação contratual de fornecer o serviço, o prefeito aposta no diálogo para convencer o consórcio a sofisticar os veículos na próxima compra. Dos 176 entregues nos últimos anos, apenas 34 são climatizados.

Marquinhos lembra ainda que as exigências prefeitura dependem também de consolidação das contrapartidas do município. “Os corredores de ônibus, por exemplo, eram uma obrigação nossa e, em dez anos, não foi implantado de um metro de corredor”.

Apenas nas ruas Guia Lopes e Brilhante a faixa exclusiva foi feita e ainda não esta pronta. Projetos estão em execução para instalar os corredores nas ruas Bandeirantes, Bahia e Calógeras.

Reajuste – É no mês dezembro de que novo valor da tarifa de ônibus costuma entrar em vigor. No entanto, ainda não há número fechado no cálculo previsto no contrato. Há indefinição de componente para fechar a nova tarifa, pois, o reajuste salarial dos motoristas de ônibus ainda não foi concedido.

Em outubro deste ano, a prefeitura retomou a cobrança do ISSQN (Imposto sobre serviços de qualquer natureza). Desde 2013 o tributo não era recolhido como forma de evitar reajustes abusivos do valor da passagem. Marquinhos garante que a medida não terá grandes impactos no novo valor da tarifa.

Conforme estimativa da própria administração municipal, R$ 22,5 milhões deixaram de entrar nos cofres públicos entre 2018 e 2019, em função da renúncia de receita com ISSQN ao Consórcio Guaicurus.

Nos siga no Google Notícias