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Capital

Prefeitura diz não interferir nas questões salariais dos motoristas de ônibus

Reajuste da passagem também será discutido na próxima semana

Por Kamila Alcântara | 21/11/2024 17:12
Ônibus parados na garagem da Viação São Francisco, em 21 de junho de 2022 (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Ônibus parados na garagem da Viação São Francisco, em 21 de junho de 2022 (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Questionada sobre a possível paralisação dos motoristas de ônibus coletivos e envolvimento na negociação salarial, a Prefeitura de Campo Grande disse que esse assunto deve ser tratado apenas pelo contratante - o Consórcio Guaicurus.

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Os motoristas do transporte coletivo do Consórcio Guaicurus, em Campo Grande, ameaçam paralisar os serviços no dia 25 de junho se não houver um reajuste salarial. Atualmente, o salário é de R$ 2.749, com um ticket de R$ 250 e uma Participação nos Lucros ou Resultados de 9%. Eles pedem um aumento de 8% no salário e um aumento no ticket para R$ 350. A Prefeitura de Campo Grande afirmou que a negociação salarial deve ser tratada pelo Consórcio e não por eles, embora reconheçam a legitimidade das reivindicações. As discussões sobre o reajuste da tarifa de ônibus para 2025 também estão em andamento, com uma reunião marcada para o dia 25 de novembro.

Nesta quinta-feira (21), o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano) sinalizou uma possível greve, para a próxima segunda-feira, dia 25, caso os pedidos de reajuste salarial não sejam atendidos. Por outro lado, a empresa disse que as negociações acontecem desde outubro, com intermediação da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos).

"Uma vez que, por força de lei, é necessário expressa anuência do poder público. A empresa esclarece que foi surpreendida com a notícia de possível paralisação. O Consórcio destaca que aguarda uma manifestação da Prefeitura Municipal, pois a negociação salarial envolve questões legais que exigem a anuência do poder concedente", defendeu.

Ao Campo Grande News, o Executivo se posicionou dizendo não ter influência no assunto. “A Prefeitura entende que as reivindicações dos motoristas de ônibus são legítimas, no entanto, o reajuste de salários é uma questão a ser negociada pelo contratante, não estando este na alçada do município”.

Do transporte coletivo, a prefeitura adiantou que está em tratativas apenas para assuntos relacionados ao preço das passagens pagas atualmente pelos usuários, que está em R$ 4,75.

“As tratativas em relação ao reajuste da tarifa de ônibus para 2025 estão em andamento, o próximo passo será a discussão no dia 25/11 com o Conselho de Regulação, que é formado por membros da sociedade civil e órgãos da administração pública, com quórum mínimo de dez membros, para discussão e análise de dados para revelar a tarifa que será entregue em relatório para avaliação do Poder Executivo”.

Entenda - Os motoristas do transporte coletivo do Consórcio Guaicurus, em Campo Grande, prometem paralisar os serviços na próxima segunda-feira (25), caso não consigam reajuste salarial.

Atualmente, o salário dos 1.100 motoristas é de R$ 2.749; ticket de R$ 250; PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de 9%; plano médico e odontológico. Eles pedem reajuste de 8% e aumento no ticket para R$ 350.

O presidente do STTCU, Demétrio Ferreira, informou que foram oferecidos 4% somente com reposição da inflação.

Em 2022, o sindicato cumpriu a promessa e, no dia 21 de junho, Campo Grande amanheceu sem transporte coletivo. Na época, o Consórcio Guaicurus também foi "pego de surpresa" com a decisão e a negociação foi resolvida no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul).

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