Projeto social na Cidade de Deus aumenta cursos e tem novas doações
O projeto social "Ação Solidária" desenvolvido na favela Cidade de Deus, no bairro Dom Antônio Barbosa, já conta com 100 voluntários, em diversas atividades e cursos à população local. Com um trabalho desenvolvido há três anos e meio, os idealizadores conseguiram novas doações, como a de uma campo-grandense, que hoje mora nos Estados Unidos.
Os trabalhos são realizados em uma área em que ficavam entulhos do Lixão, tanto que para montar o projeto foi necessário retirar 100 caminhões de lixo. Ele se sustenta por meio de doações e ajudas do poder público, que segundo a organização, contou com R$ 35 mil do governo estadual.
De acordo com Nilton Braz Girardelli, um dos idealizadores, foi escolhido a favela Cidade de Deus, pelo alto índice de probreza. Hoje existem mais de 17 treinamentos e cursos, sendo que 500 pessoas passam pelo local diariamente. Entre as atividades se destaca o futebol, música, orquestra, capoeira e capoterapia para terceira idade.
No local ainda tem uma fábrica de enxoval, com material produzido pelas próprias mulheres do bairro, assim como aulas de panificadora, que já formaram 117 padeiros e confeiteiros. São feitos 16 tipos de aulas de música, tendo seis professores, quatro assistentes e um maestro. "A maioria das crianças que estão aqui, não teria condições de estudar música em outro local", disse Nilton.
Para aquelas crianças que saíram da favela, mas já estavam no projeto, o mesmo envia vale transporte, para que deem continuidade aos cursos. Uma das formas de se manter, além das doações, é realizar atividades solidárias, como rifas e até pizzas para vender. "A cada 75 dias fazemos 500 (pizzas) para arrecadar dinheiro", diz Girardelli.
Nova doação - A campo-grandense, Juliana Paterson, que mora há dez anos nos Estados Unidos, ajuda várias entidades de lá e do Brasil, em projetos sociais. Ela conheceu ontem (11) o projeto na Cidade de Deus e resolveu apoiar. A promessa foi de enviar 40 quilos de diversos materiais por mês, para contribuir com a ação.
Juliana também garantiu que vai visitar cada barraco da favela, até o dia 03 de julho, para saber os principais pedidos da comunidade. Ela e o marido possuem um fundo de investimento nos Estados Unidos, que faz muitas ações sociais, um dos locais já contemplados no Estado, é uma comunidade pantaneira, que fica na região de Rio Negro, próxima a cidade de Aquidauana.