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Psiquiatra vem a presídio da Capital avaliar agressor de Bolsonaro

Adelio Bispo de Oliveira está no Presídio Federal em Campo Grande desde o dia 8 de setembro

Geisy Garnes | 19/09/2018 18:20
Adélio foi recebido por agentes penitenciários federais no Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Adélio foi recebido por agentes penitenciários federais no Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

Um psiquiatra vêm a Campo Grande para avaliar Adelio Bispo de Oliveira, preso desde o dia 6 de setembro por esfaquear o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL). O profissional foi contratado pela própria defesa do suspeito para fazer um laudo técnico de sanidade mental, que embasará um novo pedido de exame para a justiça.

Desde o dia 8 de setembro, Adélio está no Presídio Federal em Campo Grande. Ele foi trazido à Capital após passar por audiência de custódia e ter a prisão em flagrante convertida em preventiva.

Logo após a prisão, a defesa de Adélio protocolou na 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora o pedido para que o cliente fosse submetido a um teste de sanidade mental. O pedido foi negado pelo juiz Bruno Savino, que afirmou na decisão não haver “elementos de informação que sustentem a existência de dúvida relevante e plausível sobre a higidez mental do investigado”.

No entanto, o juiz autorizou à defesa o acesso de médico de sua confiança ao custodiado, para que a produção de laudo técnico com o poder de subsidiar um novo pedido para o exame de sanidade mental.

Ao Campo Grande News, o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior explicou que o psiquiatra vai “disponibilizar um parecer técnico sobre a situação de Adélio”. Dependendo do resultado, o documento servirá de base para que a justiça autorize um “exame oficial”.

O laudo técnico será feito pelo psiquiatra paulistano Hewdy Lobo Ribeiro, que segundo a revista Crusoé, aceitou fazer o exame voluntariamente. Ainda conforme o advogado, a previsão é que a visita do profissional ao Presídio Federal de Campo Grande aconteça ainda essa semana. “Deve acontecer amanhã”, detalhou Zanone.

No Presídio Federal, segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), Adélio está isolado em uma ala destinada a réus colaboradores, protegidos pela Justiça ou com risco a integridade física.

O investigado é submetido a um rotina rígida, a mesma imposta a todos os internos, principalmente aos que acabam de ingressar. Nos 10 primeiros dias, Adélio ficou em uma cela individual, de 7 metros quadrados, com direito a duas horas de banho de sol, mas sem contato com outros internos. No período de adaptação, às visitas são proibidas, a não ser dos advogados.

Na unidade, os internos são monitorados 24 horas por dia por sistema de conta com ao menos 200 câmeras.

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