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Capital

Quem usa trecho onde 3 morreram diz que só imprudência explica acidente

Guilherme Henri | 14/07/2017 11:50
Caminhoneiro Antônio Souza Ojeda, 56 anos (Foto: André Bittar)
Caminhoneiro Antônio Souza Ojeda, 56 anos (Foto: André Bittar)

Quem passa no trecho da BR- 163, perímetro urbano de Campo Grande onde três pessoas morreram carbonizadas após se envolverem em um acidente, acredita que a única explicação para a tragédia seja a imprudência no trânsito.

O acidente aconteceu na tarde de ontem (13) e foi um engavetamento envolvendo três carretas, uma caminhonete F-4000 baú e um carro de passeio. As vítimas foram identificadas como, o caminhoneiro Adeilton Rosa da Veiga, 38 anos, Joel da Silva de Lima, 52 ano e seu filho, o dentista Jeiel Santana de Lima, 27 anos.

De acordo com o caminhoneiro Antônio Souza Ojeda, 56 anos, que trafega há 25 anos na rodovia não há outra explicação, que não seja a imprudência, que possa justificar a tragédia. “O trecho é bem sinalizado, porém os motoristas acabam excedendo o limite de velocidade ou realizam ultrapassagens proibidas”, afirma o motorista.

Caminhoneiro José Dirceu, de 65 anos (Foto: André Bittar)
Caminhoneiro José Dirceu, de 65 anos (Foto: André Bittar)

Opinião que é compartilhada pelo colega de profissão, José Dirceu, de 65 anos, que utiliza a rodovia há 30 anos e pontua que no local deveria ter apenas um redutor de velocidade, como por exemplo, uma lombada eletrônica. “Talvez poderia evitar que tragédias como está aconteçam, no entanto, os motoristas precisam ‘pisar no frio’ um pouco como ou sem fiscalização”, ressalta.

Testemunha – proprietário de uma mecânica localizada em frente ao local do acidente, Edson Xavier, 37 anos, diz que o trecho da rodovia é bem sinalizado e que dificilmente acontecem acidentes. “Com certeza foi imprudência de algum dos envolvidos. Considero o trecho bem sinalizado, a única melhoria talvez seria nivelar o meio fio, que é bem alto”, aponta.

Investigações – Ao Campo Grande News, o delegado que investiga o caso, Ivahyr Luiz de Campos revelou na manhã de hoje (14), que a polícia já ouviu algumas testemunhas e agora tenta remontar a dinâmica do acidente. “No caso do veículo de passeio, em que estavam pai e filho ainda não conseguimos identificar quem é que conduzia o carro”, explica.

Local é bem sinalizado, diz quem costuma passar frequentemente. (Foto: André Bittar)
Local é bem sinalizado, diz quem costuma passar frequentemente. (Foto: André Bittar)

Suspeita - Conforme testemunhas, o motorista da carreta que provocou o acidente não teria visto que, por causa de obras na pista, o tráfego estava sendo liberado parcialmente, no sistema pare-e-siga.

Pai e filho são moradores da cidade e seguiam em um Citroën C3, quando aconteceu a tragédia. As três vítimas morreram carbonizadas. Casal, que ocupava um dos caminhões, sofreu ferimentos leves e foi socorrido para uma unidade de saúde.

A reportagem entrou em contato com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e com a concencionária CCR MS Via, que cuida da manutenção do trecho, porém até a publicação desta matéria não obtivemos retorno.

Caminhão pegando fogo no momento do acidente na BR-163 (Foto: Direto das Ruas)
Caminhão pegando fogo no momento do acidente na BR-163 (Foto: Direto das Ruas)
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