Reinaldo diz que problema no Sigo é "herança" e não vai ceder a pressões
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja(PSDB), disse na manhã desta quinta-feira (15) que não vai ceder às pressões para restabelecer o contrato com a empresa Compnet, responsável pelo Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional). O anúncio foi feito durante o lançamento do o programa “Mãos que constroem”, que prevê a reforma de delegacias com mão de obras de detentos do sistema penitenciário, na Governadoria.
O sistema, onde são feitos todos os trâmites relacionados a segurança pública do Estado, já está com falhas há dois meses. De quatro dias para cá, não opera de jeito nenhum, e não há prazo para que volte a funcionar.
De acordo com o governador, “o contrato é uma herança da gestão anterior, nós só iremos renovar com o da segurança jurídica ao Estado. Temos um parecer da PGE (Procuradoria Geral do Estado), favorável a renovação, mas dentro dos parâmetros legais que o Estado entende e que nos dá segurança jurídica. Existe uma pressão da empresa, mas nós não vamos ceder”, explicou.
Ainda conforme Reinaldo, o Estado só vai renovar o contrato quando entender que está plenamente dentro da lei. “Não tiro a liberdade da empresa de cobrar o que é direito, mas a renovação só vai ocorrer dentro do que entendemos que é legal”, disse.
Corpo da segurança - Elaborado há 19 anos em Mato Grosso do Sul, o SIGO funciona como um "corpo". O programa reúne todos os órgãos de segurança pública, desde a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito até Agência Penitenciária, Defesa Civil, Guarda Municipal e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Com a plataforma é possível acompanhar as áreas da cidade onde estão sendo registrados os maiores números de ocorrência, ver o tempo médio de atendimento nas delegacias e acompanhar quais são os tipos de casos que estão em andamento.
Sem o sistema funcionar, a principal prejudicada é a população, que leva de duas a quatro horas para registrar boletim de ocorrência nas delegacias. Já situações como extravios e furtos simples, que antes podiam ser registradas por meio da Delegacia Virtual, agora não podem mais.
É em programas de texto do computador, que os policiais registram as ocorrências e arquivam em pastas. Enquanto isso, as investigações de crimes praticamente param.