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Capital

Rômulo seguiu esposa para flagrar traição um dia antes do crime, diz testemunha

Rômulo Rodrigues Dias está sendo julgado pelo assassinato da esposa, que desapareceu em abril de 2020

Dayene Paz e Bruna Marques | 11/02/2022 09:51
uRômulo está sendo julgado hoje pelo crime. (Foto: Marcos Maluf)
Rômulo está sendo julgado hoje pelo crime. (Foto: Marcos Maluf)

Rômulo Rodrigues Dias, de 34 anos, seguiu a esposa um dia antes de matá-la, apontou a investigação policial. A informação foi repassada pelo investigador da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio), Cláudio Rossi Junior, que participou das diligências do caso. Rômulo está sendo julgado nesta sexta-feira (11) por feminicídio.

Conforme o investigador, que foi a primeira testemunha ouvida no júri, Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, teria se encontrado com o amante em um motel no sábado, dia 4 de abril. Rômulo, para flagrar a traição, ficou nas imediações. "Ficou vigiando ela até sair. Durante a investigação, justificou que estava capinando um terreno na região do motel, o que não conseguimos confirmar", disse Rossi.

Investigação apontou que Graziela foi assassinada no domingo, dia 5. Além disso, segundo o investigador, as versões apresentadas pelo marido para justificar o desaparecimento da mulher, eram controversas. "Falou que no dia do desaparecimento ela teria pulado no lago do Atlântico e foi advertida pelos seguranças. Fomos atrás dos dois seguranças, que não reconheceram a história como verdadeira", disse.

Rômulo está preso desde o dia 19 de abril de 2020, apontado pela polícia como autor do assassinato da esposa, Graziela Pinheiro. O desaparecimento da vítima foi notado pelas amigas, que também foram ouvidas no júri de hoje.

Elas indagaram Rômulo sobre o paradeiro da mulher e ele desconversou, sustentando que a vítima teria ido embora para o Paraná e, em outra ocasião, que teria ido morar com outra mulher.

A DEH iniciou investigação e fez várias buscas a Graziela, mas até hoje o corpo não foi encontrado. Rômulo nunca assumiu o crime. O casamento entre eles foi definido por pessoas próximas dela como tumultuado, a ponto dele dopá-la para usar as digitais dela na liberação do celular, com o intuito de vasculhar o conteúdo.

Durante a investigação, a polícia encontrou mancha de sangue da vítima no carro usado por Rômulo, atestada como compatível com o DNA de Grazi, a partir de amostra de sangue da filha dela. Na casa onde viviam, foi detectado vestígio de sangue, mas como o lugar foi lavado, não foi possível identificar de quem era o material genético.

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