Assassino de Grazi pede para deixar a cadeia e tem mais uma derrota na Justiça
No mês passado, ele tentou se livrar do júri popular e também teve pedido negado
Preso desde o dia 19 de abril de 2020, Rômulo Rodrigues Dias teve mais uma derrota na Justiça. Desta vez, o acusado pela morte de matar e esconder o corpo da esposa, Graziela Pinheiro Rubiano, teve pedido de liberdade provisória negado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. No mês passado, ele tentou se livrar de ir a júri popular, mas o pedido também foi barrado pelo juiz que cuida do caso.
Ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, a defesa de Rômulo considerou que ele colaborou com as investigações e “não causou nenhum embaraço aos autos”. Expôs que, mesmo na fase do inquérito policial, o investigado não fugiu da cidade e nunca deixou de comparecer quando solicitado. Por fim, alegou que mais de um ano de prisão é tempo considerável para prisão cautelar.
Na decisão, o juiz afirmou que, no caso em questão, “não se evidencia nenhum fato novo que justifique colocar o acusado em liberdade”. Acrescentou que o processo tramita regularmente e que Rômulo não trata-se de um preso "e esquecido nos porões dos presídios ou delegacias sem a prática regular dos atos processuais, tendo sua prisão necessário fundamento”.
Consultado, o Ministério Público teve o mesmo entendimento e se mostrou favorável à decisão de deixar Rômulo na cadeia.
O caso – A vendedora Graziela Pinheiro Rubiano, na época com 36 anos, sumiu em abril do ano passado e, até o momento, o corpo não foi localizado. No dia 19 do mesmo mês, Rômulo, o marido, foi preso.
O técnico de enfermagem nunca assumiu o crime, porém para a investigação, Rômulo a matou depois de descobrir o relacionamento da esposa com um companheiro de trabalho dos dois. O casamento entre eles foi definido por pessoas próximas dela como tumultuado, a ponto dele dopar a mulher para usar as digitais dela na liberação do celular, com o intuito de vasculhar o conteúdo.
Também foi encontrada mancha de sangue da vítima no carro usado por Rômulo, atestadas como compatíveis com o DNA de Grazi, a partir de amostra de sangue da filha dela.
Na casa onde viviam, foi detectado vestígio de sangue, mas como o lugar foi lavado, não foi possível identificar de quem era o material genético.