Ruas mudam de sentido a noite e condutores se sentem perdidos
O reordenamento viário realizado pela Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), no Bairro Santa Fé, em Campo Grande, tem causado transtorno aos moradores e condutores que passam pela região. O problema é que a mudança foi feita a noite, sem divulgação prévia. E quando amanhece, as pessoas só notam a diferença pela sinalização horizontal.
Primeiramente foi a rua Piratininga que se tornou mão única no trecho da Ceará até a rua Bahia. Depois foram pintados no asfalto pontos indicando que a Rua da Paz será mão única no trecho da rua Rio Grande do Sul até a Ceará.
Ontem (26) foi a vez da rua Paraná passar a ser mão única do sentido da rua Ceará até a João Akamine. Esta também passou a ser exclusiva em direção da rua Paraná para a Piratininga; e a rua José Gomes Domingues passou a ser mão única no sentido da Paraná.
A comerciante Andréa Barbosa, 41 anos, moradora na Rua José Gomes Domingues, disse que a agência fez o serviço de “supetão” e deveria ter divulgado na imprensa primeiro para depois mudar. “Se avisaram foi muito em cima da hora, porque eu não vi. A gente percebeu hoje cedo que as pessoas estavam perdidas quanto ao sentido das vias. Era gente entrando na contramão; olha uma verdadeira bagunça”, comentou.
Apesar da reclamação, a comerciante acredita que a mudança melhorou o fluxo de veículos na região. “A rua é muito estreita e não comportava duas mãos. A gente tinha que entrar nos estacionamentos para que o outro motorista passasse”, destacou.
O porteiro Silvio Ojeda, 43, que trabalha próximo às ruas que se tornaram mão única, falou que seu trajeto para ir ao serviço aumentou depois da mudança. “Essa falta de aviso foi totalmente errada por parte da Agetran. Hoje mesmo fiquei perdido e andei mais para chegar ao serviço", apontou.
Enquanto a equipe de reportagem do Campo Grande News estava no local, nesta quarta-feira (27), agentes de trânsito chegaram para fazer a orientação dos motoristas. “Eles tinham que vir avisar antes, depois que já foi feito não precisa mais”, apontou Silvio.
Para a empresária Rosane Dias, 43, a divulgação deveria ter sido feita antes da mudança. “Deveriam ter avisado há duas semanas para que a população ficasse por dentro. Agora não tem mais jeito, até o pessoal acostumar vai ter mais transtornos”, finalizou.
Um e-mail foi enviado à assessoria da Agetran para obter mais esclarecimentos sobre o assunto, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.