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Capital

Saúde e Educação se unem para levar a campanha de vacinação às escolas

Servidores serão capacitados para detectar falta de imunização e solicitar autorização no ato da matrícula

Gabriela Couto | 20/01/2023 14:02
Secretario Municipal de Saúde, Sandro Benites, e secretário Municipal de Educação, Lucas Bitencourt. (Foto: Instagram)
Secretario Municipal de Saúde, Sandro Benites, e secretário Municipal de Educação, Lucas Bitencourt. (Foto: Instagram)

O secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, afirmou que a pasta irá fazer uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação com o objetivo de voltar a ser realizada a vacinação dentro das escolas. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Educativa, nesta sexta-feira (20).

“Infelizmente, vimos crescer nos últimos anos um grupo de pessoas antivacinas. Não é racional isso. Na minha época era na escola, com aquela vacina de pistola. Não tinha eu não quero tomar. Você entrava na fila e todo mundo tomava. Hoje precisa da autorização dos pais. E fizemos isso no ano passado”, relembrou.

Em reunião com o secretário de Educação, Lucas Henrique Bitencourt de Souza, foi confirmada a estratégia de capacitação dos servidores no ato da matrícula. “Essa é uma das oportunidades de melhoria nos índices de cobertura vacinal, que estão caindo muito. Como é obrigatório levar a carteirinha de vacinação da criança no ato da matrícula, vamos fazer o treinamento para o funcionário saber olhar se está faltando alguma vacina e perguntar se o pai autoriza fazer a imunização”, explicou.

A união das duas pastas será uma forma de alcançar mais pessoas e trabalhar a prevenção de doenças. A preocupação existe com base nos dados do levantamento histórico da imunização da BCG, Vacina Inativa da Pólio, rotavírus, febre amarela, tríplice viral, pneumo 10, meningo C e pentavalente.

Dados do levantamento histórico de imunização de Campo Grande de 2017 a 2022. (Foto: Reprodução)
Dados do levantamento histórico de imunização de Campo Grande de 2017 a 2022. (Foto: Reprodução)

Entre os índices de maior preocupação está a vacinação da febre amarela. O Ministério da Saúde preconiza que 100% da população seja imunizada, mas até 2022 o percentual foi de 80%, o mais baixo desde 2017. O último caso de febre amarela urbana foi registrado no Brasil em 1942. Mas com a baixa taxa de cobertura da vacina, essa realidade pode mudar.

O número de vacinados com a pentavalente também reduziu drasticamente. Em 2017 foram vacinas 13.028 crianças com a dose. Já em 2022, apenas 10.359 pessoas foram imunizadas. A meta era atingir 95% do público alvo, mas até o ano passado, 79,53% aderiram a campanha.

A vacina pentavalente garante a proteção contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Desde 2012, o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, oferta a vacina pentavalente na rotina do Calendário Nacional de Vacinação.

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