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Capital

Servidores participam de seminário para "arrastar" homem ao médico

Servidores de todos os municípios de MS participam do evento

Por Antonio Bispo | 05/11/2024 10:49
Palestrante durante evento na manhã desta terça-feira (Foto: Antonio Bispo)
Palestrante durante evento na manhã desta terça-feira (Foto: Antonio Bispo)

A SES (Secretaria Estadual de Saúde) realiza, nesta terça-feira (5), no auditório da Unigran Capital, o seminário Novembro Azul, com objetivo de promover uma abordagem mais ampla para a saúde masculina, neste mês de alusão à conscientização ao câncer de próstata.

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O seminário Novembro Azul, promovido pela Secretaria Estadual de Saúde, ocorreu em Mato Grosso do Sul com o objetivo de conscientizar sobre a saúde masculina, especialmente em relação ao câncer de próstata. O evento contou com a participação de profissionais de saúde e especialistas que discutiram não apenas o câncer, mas também outras doenças que afetam os homens, como hipertensão e diabetes. A dificuldade dos homens em procurar atendimento médico foi um tema recorrente, com ênfase na necessidade de estratégias para encorajar a população a realizar exames e buscar cuidados de saúde. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, com mais de 70 mil novos casos diagnosticados em 2023, destacando a importância do diagnóstico precoce.

Participam do evento servidores da saúde dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, bem como estudantes interessados no tema. Para a gerente da saúde do homem na SES (Secretaria Estadual de Saúde), Fernanda Lamera, esse é o momento em que é trabalhado o “homem como um todo”.

“Além de visar o câncer de próstata, a gente trabalha as outras doenças como hipertensão, diabetes, causas externas. Vão ter vários especialistas [no evento], tanto urologista, como oncologistas, médicos da saúde da família, pessoal da Polícia Rodoviária Federal também, porque os homens não morrem somente de câncer, umas das principais causas de morte nos homens são as externas, como acidente de trânsito, violências, entre outras.”, destacou.

Entre os participantes está o coordenador da saúde do homem em Costa Rica, Paulo Borges Vieira, que pontua que para levar um paciente ao médico, é preciso “arrastá-lo”.

“Hoje nós estamos nesse evento porque virão profissionais, médicos, que vão nos orientar no que precisamos fazer para chamar, para trazer esses homens para fazer os exames, para fazer uma consulta, não é fácil. A mulher quando sente dor na ponta do dedo, ela corre ao médico. O homem já é diferente, quando ele sente dor na ponta do dedo, ele corre do médico”, brincou

Para este mês, o profissional ressalta que serão montadas estratégias para atingir toda a população, inclusive aqueles que moram na zona rural, longe dos centros urbanos.

Da mesma forma, observa o coordenador da saúde de Maracaju, Elson Barbosa da Silva, que é enfermeiro e já notou que tratar doenças em homens é mais “complexo”.

“Têm homens que não aceitam, têm homens que buscam o tratamento, querem ter a cura, mas muitos, às vezes, deixam de ir na atenção primária, de buscar o conhecimento, buscar tratar a saúde por medo, o homem tem muito medo. A gente deixa de buscar um atendimento, buscar uma qualidade de vida melhor por medo de descobrir alguma doença”, disse.

O evento terá palestras com Rafael Magalhães, do Ministério da Saúde, Gustavo Kerr, médico do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, além dos profissionais de Campo Grande João Juveniz, Rosenilde Faquin de Castro e Gustavo Mendes Medeiros.

Maurício Simões, secretario de saúde de MS, durante abertura do evento (Foto: Antonio Bispo)
Maurício Simões, secretario de saúde de MS, durante abertura do evento (Foto: Antonio Bispo)

Doença – No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, representando 29% dos casos, de acordo com estudo do INCA (Instituto Nacional de Câncer). Somente em 2023, mais de 70 mil novos casos foram diagnosticados no Brasil.

Entre os principais sintomas do câncer de próstata estão a dificuldade para urinar, sensação de bexiga cheia mesmo após ir ao banheiro, diminuição do jato de urina, dores na região pélvica e presença de sangue na urina ou no sêmen. No entanto, muitos casos são assintomáticos nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante.

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