ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 31º

Capital

Sonho de cursar medicina faz alunos dedicarem até 14h em estudos diários

Ao todo, 7.908 vestibulandos realizam a prova da Uems neste domingo em Mato Grosso do Sul

Por Natália Olliver e Idaicy Solano | 26/11/2023 08:42
Maria Eduarda Sandim estuda há cinco anos para tentar entrar no curso de medicina (Foto: Juliano Almeida)
Maria Eduarda Sandim estuda há cinco anos para tentar entrar no curso de medicina (Foto: Juliano Almeida)

Vestibulandos que realizam a prova da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) neste domingo (26), não se atrasaram para a prova que é o sonho da vida de muitos. Para cursar medicina, eles chegam a dedicar até 14 horas do dia aos estudos. Ao todo, 7.908 candidatos estão inscritos para realizarem as provas objetivas e de redação do PSV/Uems 2024. Os portões fecham às 8h e a aplicação acontece até as 13h.

Além da Uems, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) também recebe os alunos, que querem cursar medicina, neste domingo. Milena Piroli, de 19 anos, estuda das 7h às 21h em um cursinho da Capital há dois anos. Para ela a exaustão tem sido grande nesta última etapa de provas. “Eu cheguei no limite já, mas estou confiante nessa prova. Minha rotina só acaba dia 17 de dezembro. Acho que não vou descansar até sair os resultados de tudo. Só depois que tiver a certeza da aprovação”.

Milena Piroli dedica horas do dia para conseguir ingressar no curso dos sonhos (Foto: Juliano Almeida)
Milena Piroli dedica horas do dia para conseguir ingressar no curso dos sonhos (Foto: Juliano Almeida)

Maria Eduarda Sandim, de 22 anos, dedica todos os dias 9 horas aos conteúdos que caem nas provas. Ela tem aulas online e presenciais. “É um ano muito intenso pra quem faz pré vestibular”. A rotina é bem puxada, são 9 horas por dia de estudo mais exercícios”.

Essa é a quinta vez que Maria tenta entrar no curso de medicina. A jovem até se "forçou" a se encaixar em outras graduações, sem sucesso. “Eu já procurei outros cursos pra fazer, mas vi que realmente era medicina que eu queria e resolvi persistir. Como já estou no quinto ano, já estou mais acostumada. É puxado e exaustivo emocionalmente, pois é um período de muita pressão, tanto pessoal como externa, de quem torce pela gente”. Para ela o descanso só vem em janeiro, após os últimos vestibulares.

Mariana Falleiros, formada em pscologia e estudante de medicina (Foto: Juliano Almeida)
Mariana Falleiros, formada em pscologia e estudante de medicina (Foto: Juliano Almeida)

Formada em psicologia, Mariana Falleiros, de 25 anos, já cursa medicina na rede privada. A mensalidade custa R$ 13 mil. O motivo da transferência é exatamente pelo financeiro. “A minha história é uma loucura porque já sou formada e sou acadêmica, só que é tudo muito caro. Então você acaba tentando todas as possibilidades até concluir o curso. Fies, financiamentos, transferências quando abre vaga, ou o próprio vestibular, porque é uma realidade que pesa e é um sonho então tem que continuar".

São 8 horas de estudo por dia, além da faculdade para tentar uma oportunidade na rede pública. Apesar da pressão, ela está confiante. "Estou com tanta expectativa que acho que só vou descansar e poder fazer minhas coisas sem essa pressão absurda quando passar. Você tem que dar conta da prova, tem que dar um jeito de concluir.  Depois é o resto da vida de estudo".

Ela explica que ser formada dificulta o ingresso nas universidades pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). De acordo com ela, os critérios são diferentes e há priorização na colocação do benefício para aqueles que ainda estão em busca da primeira graduação. "Conseguir financiamento é complicado. Pra quem já é formado a nota que precisa tirar pra tentar é um pouco mais alta. Você sempre vai pro final da fila, mesmo não tendo usado o benefício ainda”.

Vestibulando fica para fora após problemas com documento de identificação (Foto: Juliano Almeida)
Vestibulando fica para fora após problemas com documento de identificação (Foto: Juliano Almeida)

Atrasados - Duas pessoas não conseguiram chegar a tempo e não realizaram a prova neste domingo na Ufms. Ambas não quiseram falar com a reportagem. Uma delas chegou cinco minutos depois do limite estipulado para que os candidatos entrassem. A outra teve problemas com o documento de identificação e ficou pra fora também.

Provas do Vestibular Uems estão sendo aplicadas em 18 municípios de Mato Grosso do Sul.

Confira a galeria de imagens:

  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News
  • Campo Grande News

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News.

Nos siga no Google Notícias