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Capital

Subtenente executado foi seguido desde que saiu da PM

Marta Ferreira e Ana Paula Carvalho | 17/12/2012 17:35
Carro de policial foi seguido desde que ele saiu do trabalho, nesta manhã, apontam investigações. (Foto:Rodrigo Pazinato)
Carro de policial foi seguido desde que ele saiu do trabalho, nesta manhã, apontam investigações. (Foto:Rodrigo Pazinato)

O subtenente da Polícia Militar José Carlos da Silveira Souza, 39 anos, executado hoje em Campo Grande, com tiros de pistola 9 milímetros, foi seguido por quem o matou desde quando saiu do Ciops (Centro de Operações de Segurança), onde estava lotado há pouco tempo, transferido de Naviraí. É o que indicam as primeiras investigações realizadas pela Polícia, que está em busca de imagens que possam identificar o atirador.

Já foram localizadas imagens que mostram um carro que pode ser o do atirador, mas por enquanto não há nada conclusivo em relação à identificação dos responsáveis pela execução do policial. Ele havia sido preso, no ano passado, por envolvimento na máfia do contrabando de cigarros.

O policial foi assassinado por volta das 7h45, no posto de combustível Caravaggio, que fica no macroanel viário. Ele havia acabado de sair de serviço, estava à paisana, com a farda dentro do carro.

O corpo de Silveira tinha 19 perfurações de pistola 9 mm, que podem tanto ser de entrada quanto de saída dos disparos. No local, foram encontrados 9 cápsulas deflagradas, mas só o laudo pericial vai indicar quantos tiros atingiram o corpo.

Em nota divulgada nesta tarde, a Polícia Militar informou que o policial estava na Corporação há 18 anos e passava por processo administrativo que poderia resultar na expulsão dele. Em outubro do ano passado, ele foi preso por envolvimento na máfia do contrabando de cigarros, durante a Operação Fumus Malus.

Durante a operação, foi decretada a prisão de 16 policiais, entre eles Silveira. Três eram de Naviraí, onde ele estava lotado, dois de Itaquiraí, um em Sete Quedas, um em Mundo Novo, um em Iguatemi e quatro Campo Grande.
As investigações começaram em outubro de 2010, realizadas pela Agência Central de Inteligência da PM, segundo o comando da Polícia Militar, depois de denúncias contra militares que estariam facilitando a passagem de contrabando.

A área onde o grupo atuava é também a mesma que, segundo as investigações da Polícia e do Ministério Público Estadual, era dominada pelo homem apontado como maior contrabandista de cigarros do País, Alcides Carlos Grejianim, o “Polaco”, que chegou a ficar preso em outra operação, mas foi libertado.

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