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Capital

Policial militar é executado e perícia encontra 19 perfurações no corpo

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 17/12/2012 10:33
Os tiros acertaram o vidro da farmácia que fica dentro do posto e a bomba de combustíveis. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Os tiros acertaram o vidro da farmácia que fica dentro do posto e a bomba de combustíveis. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O subtenente da Polícia Militar Carlos Silveira, 39 anos, foi executado com 19 perfurações de pistola 9 mm, na manhã desta segunda-feira, no posto de combustível Caravaggio, no anel rodoviário, em Campo Grande. A informação é da perícia da Polícia Civil. No local, foram apreendidos nove projéteis deflagrados.

A Polícia explicou que o corpo tinha 19 perfurações, mas o número de tiros ainda vai ser identificado pela perícia, uma vez que parte delas pode ter transfixado, termo que indica que entraram por um lado do corpo e saíram por outro.

O PM, que trabalhava no Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança), tinha acabado de sair do serviço e foi ao posto abastecer o carro que dirigia, um Celta prata. O subtenente foi atingido fora do veículo, quando se dirigia ao caixa para pagar pelo combustível. Funcionários disseram que ele costumava abastecer com frequência no posto.

Um frentista do posto contou à Polícia que o atirador chegou a pé, se dirigiu até a vítima e começou a atirar. O PM não teve tempo de reagir. Conforme relato da testemunha, depois dos disparos, o atirador saiu correndo e entrou em um carro preto, que aparentava ser um Pálio e estava parado do outro lado da via.

Corpo do PM foi atingido por 19 tiros. Subtenente não teve nem tempo de reagir. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Corpo do PM foi atingido por 19 tiros. Subtenente não teve nem tempo de reagir. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Tiros acertaram o vidro da farmácia que fica dentro do posto e uma bomba de combustíveis.

Carlos Silveira estava há pouco tempo em Campo Grande, ele veio transferido de Naviraí. O Campo Grande News apurou que o policial morto estava passando pelo processo de exclusão da corporação.

Ele havia sido preso em uma operação que identificou envolvimento de agentes de segurança na máfia do contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul. E é esta uma das linhas de investigação da Polícia Civil para se chegar ao suspeito.

De acordo com o delegado da 4º Delegacia de Polícia Civil da Capital, Devair Aparecido Francisco, as imagens do circuito interno vão ajudar na identificação do suspeito e o envolvimento dele na máfia do contrabando de cigarros é o que vai conduzir as investigações.

O Comando da Polícia Militar do Estado vai se pronunciar sobre o caso ainda nesta segunda-feira.

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