Suspeitos usaram celular de Mayara para tentar incriminar ex-namorado
Corpo de Mayara Amaral, 27 anos, vai ser sepultado nesta manhã no cemitério Memorial Park
Os suspeitos de matar a golpes de martelo para roubar a musicista Mayara Amaral, 27 anos, mandaram mensagem para a mãe da vítima tentando incriminar o ex-namorado dela. A jovem foi encontrada morta com o corpo parcialmente carbonizado, no começo da noite de terça-feira (25), na região do Inferninho, na MS-080, na saída para Rochedo, em Campo Grande.
Mayara estava desaparecida desde segunda-feira (24), quando saiu com duas amigas para ensaiar com a banda. Segundo a Polícia Civil, no inicio da madrugada de ontem (26), a mãe de Mayara recebeu mensagem em seu aparelho celular, de alguém se passando pela jovem, dizendo que estava sendo perseguida pelo ex-namorado e que ele iria matá-la: "Você está onde agora? Ele é louco mãe. Está me perseguindo. Estava na casa dele e brigamos feio”.
O corpo já tinha sido encontrado, quando as mensagens foram recebidas, mas até então estava sem identificação. Os policiais, então, chegaram até o suposto autor dos textos, mas descartaram a participação dele no crime. As mensagens eram uma forma de tentar incriminá-lo pela morte da musicista. Na sequência, informações levantadas através de um aplicativo de celular foi possível identificar os passos seguidos pela vítima desde a tarde de segunda-feira, momento em que foi vista, viva, pela última vez.
Crime - Três homens estão presos. O crime, segundo a polícia, foi durante uma emboscada, preparada por dois dos envolvidos, em um motel da cidade, que fica na saída para Rochedo. De acordo com o delegado Tiago Macedo, um dos suspeitos, Luis Alberto Bastos Barbosa, 29 anos, que também é músico, contou que tinha um relacionamento com a moça e combinou um encontro com ela no motel, por volta das 22h de segunda-feira.
Sem que a jovem soubesse, ele levou um amigo para o encontro, Ronaldo da Silva Olmedo, 30 anos. No local, os dois teriam mantido relações sexuais com a jovem, segundo os suspeitos, com o consentimento dela. Mas o plano da dupla era outro. Segundo o delegado, eles já haviam combinado de roubar o carro, um veículo Gol, e outros objetos da moça, e depois assassiná-la. Quando ela percebeu a emboscada, tentou reagir, mas acabou morta.
Mayara foi espancada pelos dois homens até a morte. Depois disso, já na madrugada, eles colocaram o corpo dela no carro e partiram para casa de Anderson Sanches Pereira, 31 anos, amigo dos dois. No endereço, o trio teria chegado a enterrar o corpo da moça no quintal, mas voltou atrás e, para não levantar suspeitas, acabou decidindo levá-lo para a região do Inferninho, onde atearam fogo. Os três negam o crime, mas irão responder por latrocínio – roubo seguido de morte - e ocultação de cadáver.
O corpo de Mayara vai ser sepultado nesta manhã (27) no cemitério Memorial Park.