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Capital

Técnicos de segurança são condenados por furto de R$ 449 mil de agência bancária

Arrombamento aconteceu na madrugada de 3 de abril; técnicos forneceram "mapa" até o cofre central

Silvia Frias | 06/12/2022 08:58
Técnicos de segurança são condenados por furto de R$ 449 mil de agência bancária
Buraco de 70 centímetros de comprimento aberto na agência do Bradesco. (Foto: Reprodução)

Os dois técnicos de segurança Everton da Silva Souza, 35 anos, e Edemilson Custódio, 32 anos, foram condenados a quatro anos de prisão, em regime fechado, e 20 dias-multa por terem participado do furto de R$ 449,751 de agência do Banco Bradesco, em abril deste ano.

Na decisão, o juiz da 1ª Vara Criminal Residual, Roberto Ferreira Filho, também condenou Souza e Custódio ao pagamento de R$ 361,251 mil, diferença entre o que foi furtado e o recuperado pela Polícia Civil durante a investigação.

Custódio e Souza prestavam serviço de segurança para agências bancárias de Campo Grande e foram cooptados para o furto. Foram condenados por furto qualificado pelo arrombamento e concurso de agentes. Eles foram absolvidos da acusação de associação criminosa.

Técnicos de segurança são condenados por furto de R$ 449 mil de agência bancária
Edemilson, apontado como "elo" entre integrantes de quadrilha. (Foto: Facebook)

No furto, os dois técnicos forneceram informações aos outros comparsas que arrombaram o cofre central da agência, fornecendo um “mapa” aos criminosos. Os outros três envolvidos, são de outros estados e procurados pelo crime em Campo Grande e outras cidades: Clóvis Borgmann, Elizeu Gomes da Rocha e Douglas Ferreira de Camargo.

O arrombamento do cofre aconteceu na madrugada de 3 de abril, um domingo. Edemilson Custódio conheceu Elizeu Rocha em São Paulo, sendo contratado para o furto. Quando retornou a Campo Grande, convidou Everton Souza para participar do crime.

Elizeu havia saído da cadeia havia dois meses, depois de ser preso por arrombar uma joalheria no Rio Grande do Sul. Ele seguiu para a Campo Grande, onde ficou em um hotel e fez contato com os comparsas, Clóvis e Douglas. Todos ficaram hospedados até a data do roubo.

Na madrugada de 3 de abril, os técnicos de segurança também auxiliaram como “olheiros”, vigiando a movimentação, do quarto de hotel.

Consta no relatório elaborado pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) que o bando invadiu a agência quebrando “cirurgicamente” parede do banheiro, que dá acesso à parte de traz do cofre, evitando que o alarme tocasse. O local também era ponto cego no sistema de videomonitoramento.

Custódio recebeu R$ 90 mil pelo furto, usando para pagar agiotas e comemorando a empreitada. Com ele, a Polícia Civil recuperou R$ 31 mil e um Voyage comprado com dinheiro de outra ação criminosa como bando, em uma agência da Caixa Econômica Federal.

Técnicos de segurança são condenados por furto de R$ 449 mil de agência bancária
Segundo perícia, Clóvis Borgmann é o homem que aparece de boné, na invasão de agência, em 2018. (Foto: Reprodução)

Pena – Na sentença inicial, datada de 9 de novembro, o juiz condenou os dois técnicos a 4 anos e 6 meses de reclusão e 25 dias-multa em valor unitário de 1/30 do salário mínimo vigente.

Porém, levando em consideração as confissões e o fato de que os dois não tinham antecedentes criminais, a pena foi reduzida para 4 anos de prisão, em regime fechado. O juiz determinou que eles não podem recorrer em liberdade.

A defesa dos réus entrou com recurso no dia 29 de novembro e deverá fazer a sustentação na sessão do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Histórico – Os outros três envolvidos ainda são procurados pelo crime. Um deles, Clóvis Borgmann, 41 anos, já têm condenações e responde a processos pelo mesmo crime em São Paulo e Santa Catarina. Em uma das ações, consta que ele “vive do crime e para o crime”. Em pelo menos duas ocasiões, o material genético dele foi identificado nos locais do furto, em agências arrombadas em São Paulo, em 2018.

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