ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, DOMINGO  20    CAMPO GRANDE 22º

Capital

Procurado por furto em banco de Campo Grande "vive do crime e para o crime"

Clóvis Borgmann responde a diversos processos em SP, SC e RS por arrombamento e furto a bancos

Silvia Frias | 07/04/2022 12:57
Segundo perícia, Clóvis Borgmann é o homem que aparece de boné, na invasão de agência, em 2018. (Foto: Reprodução)
Segundo perícia, Clóvis Borgmann é o homem que aparece de boné, na invasão de agência, em 2018. (Foto: Reprodução)

Procurado como um dos integrantes da quadrilha que furtou R$ 449,751 mil de agência do Bradesco em Campo Grande, Clóvis Borgmann, 41 anos, já têm condenações e responde a processos pelo mesmo crime em São Paulo e Santa Catarina. Em uma das ações, consta que ele “vive do crime e para o crime”.

Em pelo menos duas ocasiões, o material genético dele foi identificado nos locais do furto, em agências arrombadas em São Paulo, em 2018.

Clóvis Borgmann é natural de Joinville (SC) e responde a processos de furto e tentativa de furto em São Paulo, Diadema (SP), Santa Maria (RS), Itajaí (SC) e Barra Velha (SC).

Na ação que tramitou na 25ª Vara Criminal de São Paulo, a denúncia aponta que há indícios de que ele integra associações criminosas em SP e no Sul do País, “destinadas à prática de delitos contra o patrimônio, em especial no interior de estabelecimentos bancários”.

Neste processo, Borgmann foi denunciado pela tentativa de furto de agência do Bradesco na Vila Andrade, em São Paulo, no dia 7 de outubro de 2018.

Máscara encontrada em agência arrombada, em outubro de 2018. (Foto: Reprodução)
Máscara encontrada em agência arrombada, em outubro de 2018. (Foto: Reprodução)

Na ocasião, arrombou a porta do banheiro externo, localizado no estacionamento, retirou vaso sanitário e quebrou a parede dos fundos, fazendo buraco de 70 centímetros de altura. Entrou na agência, arrombou quatro portas, destruiu câmeras e removeu sensores de atendimento. Na sala onde estavam os 4 cofres, removeu baterias e danificou fiação, mas não conseguiu abri-los. O alarme disparou e ele fugiu.

A perícia da Polícia Civil encontrou máscara de proteção na agência e, na verificação do DNA, foi constatado que o material genético era de  Clóvis Borgmann, o mesmo relacionado em outros dois casos investigados. O homem confessou o crime, dizendo que havia invadido a agência com outro comparsa.

O processo cita que ele não encerrou a atividade criminosa: já em outubro de 2019, foi denunciado em outro furto, desta vez, o arrombamento de posto bancário do Santander, localizado dentro da Unesp (Universidade Estadual Paulista)

No caso da tentativa de furto do Bradesco, a denúncia foi aceita em 21 de julho de 2020. No processo, consta que ele fugiu para Santa Catarina, onde, em 2021, foi preso e levado ao Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, município onde já tinha condenação por furto.

Buraco de 70 centímetros de comprimento aberto na agência do Bradesco. (Foto: Reprodução)
Buraco de 70 centímetros de comprimento aberto na agência do Bradesco. (Foto: Reprodução)

No dia 15 de dezembro de 2021, foi condenado pelo processo de São Paulo a 2 anos e 4 meses de prisão, mas a condenação foi reduzida por conta da confissão do crime: caiu para 1 ano e 2 meses de prisão, em regime semiaberto.

Porém, como estava em outra comarca cumprindo pena e havia histórico de fuga, o que provocou a suspensão de processos em SP e Diadema, a Justiça negou o direito de recorrer em liberdade. Os processos os quais a reportagem teve acesso não esclarecerem como ele estava em liberdade.

Borgmann ainda tem outro processo, sem condenação, em que o material genético comprovou a participação no crime. No dia 25 de fevereiro de 2018, invadiu e furtou agência do Banco do Brasil em Perdizes, em São Paulo, juntamente com outros dois comparsas e furtou R$ 148,180 mil. Neste caso, ele deixou para trás uma lanterna, onde o DNA dele foi encontrado. As imagens da perícia da Polícia Civil de SP o mostram de boné verde e com o equipamento na mão.

Borgman e mais quatro homens foram identificados como participantes do furto da agência do Bradesco, localizado na Rua Marechal Cândido Rondon, em Campo Grande, no último domingo (3). Dois deles também são do Sul do País: Elizeu Gomes da Rocha e Douglas Ferreira de Camargo, o “DG”.

Os outros dois são residentes em Campo Grande, trabalhavam com sistema de segurança e foram presos pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros): Everton da Silva Souza, de 35 anos, e Edemilson Custódio, 32 anos.

Nos siga no Google Notícias