"Uma bala parou no meu telhado", diz vizinha de bar onde rapaz foi executado
Testemunhas relataram que ouviram ao menos 20 tiros e que executores estavam em uma motocicleta Fan vermelha
A execução de Gabriel Lima Mercadante, 19 anos, assustou a vizinhança na noite deste sábado (15). O crime aconteceu em frente a um bar na Rua Guiné, quase esquina com a Anacá, no Bairro Moreninhas III, a cerca de 50 metros da 6ª Companhia Independente da Polícia Militar, por volta das 20h40.
De acordo com uma vizinha do local, aposentada de 78 anos, que prefere não se identificar, ela estava assistindo televisão quando ouviu os disparos. Ao sair, se deparou com Gabriel já morto em frente à conveniência.
“Foram tantos tiros que uma das balas veio parar no telhado da minha casa. O policial veio e tirou. O atirador estava aqui na frente de casa”, relatou a mulher.
Ao Campo Grande News, ela afirmou que não conhecia Gabriel e que muitas pessoas ficam em frente ao local bebendo, no entanto, ao ver a mãe dele chegar se comoveu. “Fiquei com o coração partido ao ver ela pedindo para o filho voltar”, afirmou.
A dona da conveniência não estava no local e nenhum outro vizinho aceitou falar com a imprensa. De acordo com uma testemunha que procurou a reportagem pelo canal Direto das Ruas, foram ao menos 20 disparos de pistola 9 milímetros e os executores de Gabriel estariam em uma motocicleta Fan vermelha.
Execução - Gabriel estava no local acompanhado de quatro amigos e mais três adolescentes que conheceram nas redes sociais, no momento em que a dupla de motocicleta chegou por trás já atirando. Um dos jovens que estava com a vítima contou que saiu correndo assim que ouviu o primeiro tiro e se escondeu na casa da avó.
Segundo o relato do rapaz de 16 anos, quando os disparos cessaram ele saiu e encontrou o amigo já morto na calçada. A dona do bar disse à polícia que após atender o grupo de jovens, fechou a porta da frente e foi jantar, neste momento ouviu os tiros e também se escondeu e quando saiu viu Gabriel caído.
Ela afirmou ainda que ouviu uma das meninas dizer “para que matar o cara por causa de um real”, mas não sabia qual das quatro adolescentes. Equipes da PM (Polícia Militar), Polícia Civil, Perícia, GOI (Grupo de Operações e Investigações) e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) estiveram no local.
Com a vítima, foram encontrados R$ 37 em dinheiro e algumas moedas, um chaveiro com duas chaves, um isqueiro e uma corrente amarela. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento) Cepol como homicídio qualificado.
