Vacina é "dose de esperança" a quem está louco para voltar à sala de aula
Entre públicos contemplados com a vacinação hoje estão os trabalhadores da educação
A ansiedade toma conta de quem se prepara para receber a vacina contra a covid-19 neste domingo no Parque Ayrton Senna. A esperança também é palavra de ordem, já que a imunização tem sido mesmo a única alternativa de se voltar a uma rotina normal como antes da pandemia.
Para o comerciante Wellington Márcio dos Reis, 51 anos, o dia de espera em fila que toma o quarteirão do parque não pode ser alvo de reclamação, porque é para um bem maior. “A fila está longa, mas andando rápido”, disse, ao comentar que chegou às 8h30 no local.
“Estou muito feliz porque estava preocupado e ansioso pra chegar minha vez. Vai ser bom tomar a primeira dose hoje, não tem problema em esperar”, comentou, lembrando que a esposa dele, Nadir Custódio dos Reis, 59, tomou sua dose na semana passada.
Mais jovem, a psicóloga Letícia Pomigwa, 26 anos, como profissional de saúde foi também atrás da sua “dose de esperança”. “Tomar a vacina significa esperança, porque em meio a um ano de pandemia fica cada vez mais complicado lidar com a ansiedade”, destaca.
Apaixonada pela sala de aula, a professora Elizonir Ferreira Arcanjo Milan, 46 anos, também usou a palavra esperança para caracterizar o que a dose da vacina significa pra ela. “É a esperança de um novo começo, para que tudo volte ao normal. Eu tenho saudade de dar aulas presenciais, de entrar na sala de aula, de sentir o abraço dos meus alunos do aluno e de ensinar olhando pra eles nos olhos”, enumera.
Hoje, os públicos contemplados com a vacinação são pessoas com comorbidades que tenham 50 anos ou mais; trabalhadores da educação e profissionais de assistência social a partir dos 45 anos; abalhadores de saúde com 25 anos ou mais; e ainda, trabalhadores do transporte coletivo e de limpeza urbana, a partir dos 18 anos.
Para se vacinar, é preciso se cadastrar aqui. Mais informações sobre a vacinação clique aqui ou visualize quadro nesta página.
Entre as comorbidades especificadas, de acordo com diretrizes do Ministério da Saúde, estão:
Arritmias cardíacas
Cardiopatia hipertensiva
Cardiopatias congênita no adulto
Cirrose hepática
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
Diabetes mellitus
Doença cerebrovascular
Doença renal crônica
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Hemoglobinopatias graves
Hipertensão arterial estágio 3
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
Imunossuprimidos
Insuficiência cardíaca (IC)
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Obesidade mórbida
Pneumopatias crônicas graves
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados
Síndrome de down
Síndromecoronariana
Valvopatias - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS