Dogueiros serão transferidos à Orla Ferroviária
Os traillers de lanches que há anos ficam no canteiro central da avenida Afonso Pena, em Campo Grande, devem ir para a Orla Ferroviária. Nesta terça-feira, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o presidente da Associação dos Dogueiros, Emerson do Nascimento e arquitetos estiveram no local onde poderá ser construído o novo ponto turístico da Capital.
A Orla Ferroviária será construída no corredor que antes era ocupado pelos trens, existente entre a Calógeras e a Ernesto Geisel, entre as avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, onde ainda há trilhos.
O prefeito Nelsinho Trad explicou que sua intenção é colocar os traillers de lanches entre a Afonso Pena e a Maracaju. Os 'dogueiros' seriam dispostos em quatro das seis quadras, distantes 30 metros um do outro.
Os arquitetos da Prefeitura explicaram que no trecho entre a Maracaju e a Mato Grosso não pode ter esse tipo de comércio porque é tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional).
Emerson Nascimento explica que, inicialmente, os comerciantes defenderam a permanência no canteiro da Afonso Pena, mas, perceberam que não teria como ficar no local e agora vão aguardar parecer dos arquitetos.
Ele detalha que o comércio precisa sair do local devido à revitalização dos canteiros, que vai acabar com os estacionamentos. Conforme ele, o campo-grandense tem costume de comer lanches dentro do veículos, e sem vagas, isso não seria possível.
Segundo Emerson, se não couber todos os 20 'dogueiros' na Orla Ferroviária, será feito um sorteio para definir quem fica no local e quem vai para Orla Morena, na região do bairro Cabreúva. De acordo com Emerson, os traillers geram 300 empregos diretos e diversos outros indiretos.
A ida dos traillers para a Orla Ferroviária ainda é só uma idéia da Prefeitura. A vistoria hoje foi para arquitetos, prefeito e 'dogueiros' estudarem a possibilidade de mudança.
Homenagem - Outra intenção da Prefeitura é homenagear os imigrantes que chegaram a Campo Grande por esses trilhos, transformando o local em um ponto de apreciação da culinária e comércio de algumas culturas como japonesa, turca e libanesa, entre outros povos.
Nelsinho pediu aos arquitetos que na Dom Aquino, onde há uma passagem, seja priorizado o pedestre. "A idéia é dar vida a este espaço confinado", diz o prefeito.
O arquiteto Gil Carlos de Camilo explica que algumas casas ficam de fundos para a Orla Ferroviária e a intenção é que elas sejam invertidas. Ou seja, que os moradores transformem os fundos em frente. O arquiteto diz que com isso as casas podem se transformar em pontos comerciais.