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Empregos

Temporários "fogem" e comércio do Centro volta a abrir vagas de emprego

Mariana Rodrigues | 14/01/2016 08:42
Dezenas de lojas de vários segmentos estão contratando no Centro. (Foto: Marcos Ermínio)
Dezenas de lojas de vários segmentos estão contratando no Centro. (Foto: Marcos Ermínio)

As placas de contrata-se voltaram a fazer parte da fachada das lojas da região Central de Campo Grande, o motivo dessa vez é a "fuga" dos trabalhadores temporários que deixaram de ser contratados por falta de comprometimento e responsabilidade, ou por não se adequarem ao ritmo de trabalho do comércio, segundo os lojistas.

Em pleno mês de janeiro, logo após o período de festas, não é comum terem vagas sobrando no comércio. Mas, na  rua 14 de Julho, por exemplo, várias lojas estão contratando para suprir a falta desses funcionários. De acordo com a maioria dos gerentes, o problema não está na falta de qualificação, mas sim no desempenho dos empregados temporários, com isso, após o término do contrato essas pessoas foram sendo dispensadas.

De acordo com a gerente Patrícia da Silva de uma loja de roupas localizada na rua 14 de Julho, os funcionários temporários que foram até a loja chegavam atrasados, faltavam e não tinham compromisso. "O problema é que a pessoa chega aqui e fala que está precisando trabalhar, a gente dá a oportunidade e eles acabam sendo irresponsáveis", comenta.

Na loja, Patrícia diz que são oferecidas duas vagas, uma para vendedora e outra para caixa, ambas as vagas eram ocupadas por funcionários temporários que não se adaptaram ao ritmo do comércio.

Suzi Melo de Jesus, lamenta a dificuldade de contratar funcionários. (Foto: Marcos Ermínio)
Suzi Melo de Jesus, lamenta a dificuldade de contratar funcionários. (Foto: Marcos Ermínio)
Bruna Pessoa, gerente da loja Bang!, diz que as vezes o funcionário não se sai bem e é preciso contratar outro. (Foto: Marcos Ermínio)
Bruna Pessoa, gerente da loja Bang!, diz que as vezes o funcionário não se sai bem e é preciso contratar outro. (Foto: Marcos Ermínio)

Na Loja Uzze, também na rua 14 de Julho, são duas vagas disponíveis, ambas deixadas por funcionários temporários, de acordo com a gerente Suzi Melo de Jesus. "Ficamos com essas duas funcionárias temporárias por 90 dias, mas elas não atingiram a meta e foram dispensadas, agora em janeiro estamos contratando novamente", conta.

Suzi lamenta a dificuldade em conseguir contratar funcionários. Para ela, o problema não são as exigências e nem a qualificação, já que na loja o único requisito é a disponibilidade de horário. "Os funcionários hoje fazem corpo mole, durante a entrevista a gente deixa de contratar uma pessoa que realmente quer trabalhar para dar preferência para aquela que diz que precisa e depois acaba faltando", afirma.

Em uma loja de acessórios na avenida Afonso Pena, a situação é a mesma, de acordo com a funcionária Marcilene Zandona, lá são disponibilizadas duas vagas para atendente, segundo ela os funcionários que foram chamados para trabalhar no fim de ano, não conseguiram se encaixar e não se acostumaram com o horário. "Não conseguimos contratar ninguém em dezembro", conta.

Na loja de roupas Bang!, a gerente Bruna Pessoa conta que também está contratando, como a loja é nova eles não conseguiram efetivar o quadro de funcionários. "Muitas vezes até os contratados não se saem bem e é preciso contratar outras pessoas". Ela diz que a placa está lá para ter um banco de dados e em uma eventualidade já ter currículos para serem avaliados.

A maioria das pessoas que procuram o trabalho temporário, são jovens que querem dinheiro a mais no fim de ano. De acordo com Idelmar da Mota Lima é normal que muitos temporários não se interessem pela vaga. "Essa é a realidade, o funcionário temporário que se destaca ele vai ser contratado, já aqueles que não se interessam pela vaga acaba sendo mandado embora, isso é normal no comércio", conta.

As placas que avisam a vaga em aberto voltaram às lojas da região Central. (Foto: Marcos Ermínio)
As placas que avisam a vaga em aberto voltaram às lojas da região Central. (Foto: Marcos Ermínio)
A maioria das pessoas que buscam o trabalho temporário estão em busca de um dinheiro a mais no fim de ano. (Foto: Marcos Ermínio)
A maioria das pessoas que buscam o trabalho temporário estão em busca de um dinheiro a mais no fim de ano. (Foto: Marcos Ermínio)
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