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Economia

Com vendas fracas e crise, comércio deixará de contratar 2 mil temporários

Renata Volpe Haddad | 10/10/2015 09:14
Cenário de vendas fracas durante o ano e a palavra crise, assusta comerciantes e consumidores.  (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)
Cenário de vendas fracas durante o ano e a palavra crise, assusta comerciantes e consumidores. (Foto: Arquivo/ Campo Grande News)

Com as vendas fracas durante todo o ano no comércio da Capital, a contratação de funcionários temporários para atender a demanda de clientes do Natal será a menor dos últimos anos. De acordo com o Sindicato do Comércio de Campo Grande, a previsão é de que apenas 2 mil vagas serão abertas nos próximos meses, o que representa 5% de aumento nas contratações.

No ano passado, por exemplo, a previsão era de gerar 4 mil empregos temporários em novembro e dezembro, ou 8% do quadro de funcionários do comércio. O baixo desempenho das vendas do comércio formal durante todo o ano, principalmente em datas comemorativas, deixou os empresários pessimistas com o Natal.

O presidente do Sindicato do Comércio, Idelmar da Mota Lima, informa que a contratação está longe do ideal. "Estamos tentando ser otimistas com esse número. No ano passado, eram 40 mil funcionários e foram geradas 3,2 mil vagas", comenta.

Durante este ano, muitos trabalhadores foram demitidos do comércio e segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em Mato Grosso do Sul 509 trabalhadores foram desligados apenas em agosto.

Sendo assim, o número de funcionários no comércio está reduzido e a contratação de temporários também. "Houve várias demissões durante este ano, ainda não fizemos o balanço de quantos foram dispensados, mas a contratação dos temporários está bem longe do que deveria ser", explica o presidente.

De acordo com Polidoro, com a atual situação de vendas baixas, os empresários comentam que estão preparando a equipe efetiva para não contratar funcionários temporários. (Foto: Gerson Walber)
De acordo com Polidoro, com a atual situação de vendas baixas, os empresários comentam que estão preparando a equipe efetiva para não contratar funcionários temporários. (Foto: Gerson Walber)

Empresários – Segundo o presidente da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), João Carlos Polidoro, conforme as pesquisas nacionais que estão sendo divulgadas e informações dos próprios empresários, o cenários não é nada otimista.

"Muitos não vão contratar temporários e os que vão contratar, é bem abaixo do ideal. Os comerciantes estão preparando a equipe que já tem para poder suprir a demanda de vendas de fim de ano, ou seja, não vai ter um crescimento expressivo de contratação no fim do ano, ressalta.

Geração de empregos – Conforme o economista Áureo Torres, a economia é incerta. Como o ano ainda não terminou, não há o balanço de geração de vagas no Estado. "Porém, temos dados de anos anteriores que foram contratados 28 mil funcionários e outros anos, apenas 10 mil", afirma.

Sobre a contratação de temporários, Torres explica que a previsão é que este ano as vagas diminuam. "Isso porque o país atravessa uma da crise e no início do ano houve muitas demissões. Os empresários ficam apreensivos quando ouvem a palavra crise e sem saber o que esperar, reduzem custos ao máximo, pois querem entrar o próximo ano com as contas reduzidas", finaliza.

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