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Cidades

Governo pede 20 dias para reavaliar ‘reajuste zero’ a servidores estaduais

Anahi Zurutuza e Lucas Junot | 09/06/2017 17:46
Reunião entre servidores, governador e secretários (Foto: Lucas Junot)
Reunião entre servidores, governador e secretários (Foto: Lucas Junot)

O Governo do Estado decidiu apresentar uma proposta de reajuste para os funcionários estaduais no dia 3 de julho. O anúncio veio depois que falou-se em congelamento dos salários e após duas horas de reunião com o Fórum dos Servidores, na tarde desta sexta-feira (9). 

O encontro entre os representantes das categorias do funcionalismo público, o governador Reinaldo Azambuja, os secretários estaduais de Governo, Eduardo Riedel, e Administração, Carlos Alberto de Assis, e a comissão da Assembleia Legislativa aconteceu na Governadoria, pouco mais de uma semana depois do anúncio do "reajuste zero".

Ao término da reunião, o governador preferiu não dar entrevista, mas Riedel explicou à imprensa que "a concessão do reajuste ou reposição da inflação, está condicionada à melhoria na receita" (veja no vídeo).

O deputado estadual Paulo Siufi (PMDB) falou pela comissão parlamentar. "Na prática ficamos duas horas reunidos e nos foi ditos que há uma crise e que nos próximos 20 dias o Estado vai procurar aumentar suas receitas antes de falar em reajuste".

A administração estadual prometeu, segundo Siufi, encontrar uma saída renegociando financiamentos com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a reposição da arrecadação do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

Servidores - Os representantes dos servidores aceitaram a condição. O tenente Thiago Mônaco, que representa os policiais militares, disse que as categorias vão esperar a proposta, mas fez questão de lembrar que "há três anos os funcionários públicos amargam o congelamento dos salários". "Servidores querem ao menos a reposição inflacionária, prevista no artigo 37 da Constituição".

O presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, que também faz parte do fórum, além do reajuste, as categorias querem a incorporação nos salários dos R$ 200 de abono concedidos aos servidores pelo governador no ano passado.

Servidores vão montar calendário de manifestações, que começam na próxima semana.

Reajuste zero - No dia 31 de maio, último dia para a negociação salarial, uma vez que a data-base do funcionalismo público estadual é maio, o secretário de Administração anunciou que os 72 mil servidores estaduais - ativos e aposentados - ficariam sem reajuste este ano.

Assis explicou começou a maratona de reuniões com as 47 categorias de servidores, mas que não tinha como propor aumento, porque o governo não tem receita suficiente para custear uma folha reajustada – hoje, o Estado gasta R$ 450 milhões por mês com pessoal.

“Para a nossa surpresa os representantes das categorias estão sendo compreensivos. Nossa prioridade é não atrasar os salários”, ressaltou na ocasião.

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