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Interior

Após sofrer aborto, mulher é mantida em cárcere e proibida de ir ao médico

Para resgatar a vítima os policias precisaram cortar um pedaço da tela do portão

Bruna Marques | 28/11/2022 06:54
Após sofrer aborto, mulher é mantida em cárcere e proibida de ir ao médico
O caso foi registrado como ameaça, maus tratos, violência psicológica, sequestro e cárcere privado, na Delegacia de Polícia de Amambai. (Foto:Divulgação)

Mulher de 38 anos foi resgatada por policiais militares, na tarde deste domingo (27), após o marido a deixar presa em casa. A vítima estava grávida de três meses, na sexta-feira sofreu um aborto e estava com dificuldade para andar. O suspeito de 37 anos foi preso na casa onde morava com a mulher, em Amambai, distante 351 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o boletim de ocorrência, uma vizinha da vítima que acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram no endereço, encontraram a mulher trancada para o lado de fora da casa, dentro do quintal. O muro era alto, tinha arame farpado, telas e um cadeado trancando o portão, sendo o espaço pequeno.

A mulher informou aos policiais que convive com o suspeito há três anos e que desde o começo o relacionamento é conturbado. Que quando o homem sai para trabalhar, ele tranca as portas e deixa ela presa dentro de casa. Por diversas vezes quando ele retorna, a tranca no quintal e não a deixa entrar.

Segundo a vítima, o homem constantemente a ameaça dizendo que se ela chamasse a polícia ele a mataria na frente dos policias e que também mataria seus filhos.

No registro policial consta que a mulher estava grávida de três meses e na sexta-feira (25), o casal discutiu e o homem mandou a esposa ir embora, jogou-a no chão, momento em que começou sentir fortes dores abdominais. A vítima procurou o posto de saúde, mas não conseguiu atendimento médico, em casa ela sofreu um aborto.

Para resgatar a mulher os policias precisaram cortar um pedaço da tela do portão. No momento da prisão o homem estava dormindo dentro da casa, com as portas trancadas.

O caso foi registrado como ameaça, maus-tratos, violência psicológica, sequestro e cárcere privado, na Delegacia de Polícia de Amambai.

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