Avança processo para extraditar assassino da fronteira preso em Portugal
Aldori Antonio Bitencourt Larroza foi preso no mês passado quando embarcava para a Espanha
Avançou o processo de extradição de Aldori Antonio Bitencourt Larroza, preso no dia 11 de agosto deste ano em Portugal no momento em que embarcava em voo da capital Lisboa para a Espanha. Com nacionalidade paraguaia e brasileira, Aldori é acusado de assassinato ocorrido na fronteira com Mato Grosso do Sul em novembro de 2012.
Os crimes ocorreram em Villa IYgatimí, povoado a 38 km de Paranhos (MS), no Departamento de Canindeyú. Na época com 22 anos de idade, Aldori foi acusado de matar a tiros de pistola o paraguaio Dario Antonio Diaz Cristaldo, 24. Ele também teria atirado em um brasileiro, amigo de Dario, que foi socorrido para o hospital de Paranhos, onde teria morrido.
Depois do crime, Aldori fugiu da fronteira, mas a Justiça paraguaia decretou sua prisão internacional para fins de extradição. No dia 11 do mês passado, Aldori Bitencourt foi preso pela Interpol (polícia internacional) no aeroporto de Lisboa.
O chefe da Interpol no Paraguai, comissário Nicolás González, disse que a localização dele foi informada pela polícia brasileira. Aldori tinha conseguido emitir passaporte no Brasil com nome de Aldo Samaniego Bitencourt e pretendia chegar à Espanha para pedir nacionalidade espanhola.
Nesta quinta-feira (23), a Direção de Cooperação e Assistência Judicial Internacional da Corte Suprema de Justiça do Paraguai informou à juíza de Curuguaty (que tem jurisdição sobre o local do crime) que toda a documentação exigida pelas autoridades portuguesas já foi entregue.
Juan Jim Zaracho informou à juíza de 1ª instância Maria Yzabel Davalos Arrúa que todos os processos legais foram cumpridos através do Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada do Paraguai em Lisboa. Agora, a extradição depende da Justiça portuguesa.
Os pais de Dario Cristaldo ainda moram em Vila Ygatimí. Em entrevista ao site Portal de Curuguaty, no mês passado, eles afirmam que a prisão de Aldori pode ser o fim da espera por justiça que já dura quase uma década.