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Interior

Brasileiro se entrega à polícia e nega morte macabra de garoto na fronteira

Genaro Martins é cunhado do estudante envolvido na briga com Alex Aquino Areco, que morava em Ponta Porã com a mãe

Helio de Freitas, de Dourados | 06/12/2019 10:17
Genaro negou envolvimento em assassinato de estudante; ele está sendo ouvido em Pedro Juan Caballero (Foto: Reprodução)
Genaro negou envolvimento em assassinato de estudante; ele está sendo ouvido em Pedro Juan Caballero (Foto: Reprodução)

O brasileiro Genaro Lopes Martins se apresentou na manhã de hoje (6) à Polícia Nacional do Paraguai em Pedro Juan Caballero e negou envolvimento no assassinato do estudante Alex Ziole Aquino Areco, 14, que estava desaparecido desde o dia 23 de novembro e foi encontrado ontem.

Partes do corpo de Alex foram deixadas dentro de um tambor de plástico no rodoanel de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande. A polícia afirma que o corpo foi desenterrado para ser colocado no tambor.

Acompanhado de advogado, Genaro disse em entrevista à Rádio Império, de Pedro Juan Caballero, que “não tem estrutura nem capacidade” para cometer o crime por ser “um simples trabalhador”.

Genaro Martins é marido de Diana Clavel Pimentel Acosta, 24, presa ontem em Pedro Juan Caballero com a irmã, Denise Pimentel Acosta. O cunhado de Genaro, adolescente de 14 anos, também está recolhido acusado de participação no crime. Foi com ele que Alex brigou dias antes, no banheiro de uma escola em Ponta Porã.

Policiais dos dois lados da fronteira que investigam o caso afirmam que as duas mulheres, o adolescente e Genaro participaram do sequestro e assassinato de Alex Areco. O estudante foi sequestrado, assassinado e teve o corpo esquartejado.

Entre as provas contra eles estariam conversas por aplicativos de mensagens nos celulares e materiais encontrados na casa onde as irmãs foram presas, como duas pás e um facão.

Genaro confirmou que o cunhado teve desentendimento com Alex no dia 22 de novembro na escola onde os dois estudavam. Alex foi sequestrado no dia seguinte. Entretanto, nega o crime e diz que a mulher e os cunhados também não têm envolvimento na morte.

O brasileiro afirma que no mesmo dia da briga procurou a Polícia Civil em Ponta Porã e registrou boletim de ocorrência contra Alex e outras quatro pessoas que teriam agredido o cunhado.

Sobre o facão e as pás encontradas na casa dele em Pedro Juan Caballero, disse que está reformando o imóvel e por isso as ferramentas estavam no local. Ele está sendo interrogado na Polícia Nacional em Pedro Juan Caballero.

Filho de mãe brasileira e de pai paraguaio, Alex morava em Ponta Porã, mas tinha sido visto pela última vez em Pedro Juan Caballero, onde mora o pai. As duas cidades são separadas por uma rua e os moradores de ambos os lados da Linha Internacional circulam livremente entre um lado a outro da fronteira.

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