Explosões de caixas eletrônicos são tratados de formas distintas no interior
A rotina pacata de duas cidades do interior de Mato Grosso de Sul foi quebrada no final da semana passado, com um crime bem atípico para municípios com menos de 10 mil habitantes. A explosão a caixas eletrônicos trouxe insegurança e medo aos moradores de Aral Moreira e Inocência. Contudo, os casos estão sendo tratados com pesos diferentes pelas autoridades dos dois lugares.
Em Aral Moreira, cidade distante 364 quilômetros de Campo Grande, o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, Lucas Soares de Caíres, disse que o assalto provocou uma preocupação maior em relação à segurança da população, justamente por não ser comum este tipo de crime no município.
O delegado destacou que foram solicitados todos os exames periciais e também a gravação das imagens das câmeras de segurança da agência do Banco do Brasil, onde os bandidos explodiram dois caixas eletrônicos na madrugada do último sábado (7). Até agora ninguém foi preso.
O prefeito de Aral Moreira, Edson Luiz de David (PTB), disse que, de imediato, houve um reforço no efetivo da Polícia Militar na cidade, que é cedido do Batalhão da PM de Ponta Porã.
“Existe uma deficiência no efetivo da polícia, aguardamos reforço com esse novo concurso que teve da PM, o compromisso é de que sejam enviados novos policiais para cá”, afirmou o prefeito.
Atualmente, a segurança de Aral Moreira é feita por 4 policiais militares. Segundo o prefeito, o pedido é de que pelo menos 10 novos policiais sejam enviados para reforçar o efetivo da PM no município.
Inocência – Em Inocência, distante 339 quilômetros de Campo Grande, o crime aconteceu no dia 5 de junho, na semana passada. Três homens encapuzados e armados invadiram um supermercado e explodiram o caixa eletrônico, no Centro do município. Foram rendidos três funcionários, que descarregavam mercadorias no estabelecimento.
De acordo com o delegado responsável pela investigação em Inocência, Rodrigo Evaristo da Silva, as câmeras de segurança do supermercado não estavam funcionando e não há como ter imagem dos bandidos. As testemunhas ainda não foram ouvidas oficialmente e ninguém foi preso até o momento.
Para o delegado, o crime não aparenta ter relação com a explosão a caixas eletrônicos de Aral Moreira, que ocorreu dois dias depois. Segundo ele, o modo de operação do crime das duas quadrilhas foi bastante diferente. Contudo, o delegado não descarta nenhuma possibilidade e garante que irá investigar o caso.
De acordo com o prefeito de Inocência, Antonio Ângelo Garcia Dos Santos (DEM), o crime não causa preocupação no município. “Foi um crime esporádico, não vejo necessidade de colocar reforço policial por causa disso”, enfatiza o chefe do executivo.