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Interior

Guerrilheiros querem 200 mil dólares para libertar sequestrado

Homem de 24 anos foi levado ontem de fazenda localizada em colônia a 3 quilômetros de MS

Helio de Freitas, de Dourados | 29/06/2021 09:56
Carta escrita em guarani cobra resgate de 200 mil dólares (Foto: ABC Color)
Carta escrita em guarani cobra resgate de 200 mil dólares (Foto: ABC Color)

Guerrilheiros paraguaios exigem resgate de 200 mil dólares para libertar Jorge Manuel Ríos, 24, sequestrado na noite de ontem (28) na fronteira daquele país com Mato Grosso do Sul. O valor foi cobrado em carta escrita em guarani encontrada na fazenda de propriedade do pai de Jorge, a “Estância Dois Irmãos”.

O sequestro praticado pela ACA (Agrupação Campesina Armada) “Exército do Povo” ocorreu na zona rural de Sargento José Félix López, povoado paraguaio conhecido como Puentesiño.

A cidade de sete mil habitantes fica a 71 km de Bela Vista (MS), mas a propriedade de onde Jorge foi levado fica na colônia Norte Pyahu, a menos de 3 km do município de Caracol.

Pelo menos quatro homens armados com fuzis e usando roupas camufladas invadiram a fazenda e levaram o filho do proprietário. Na carta deixada no local eles ameaçam executar o rapaz se o resgate não for pago.

O tenente-coronel Luis Apesteguía, porta-voz da Força-Tarefa Conjunta (grupo de elite das forças armadas criado para combater os terroristas) afirmou considerar quase certa a participação da Agrupação Campesina Armada no sequestro – dissidência do EPP (Exército do Povo Paraguaio), outro grupo terrorista presente na região norte do país vizinho.

Segundo o oficial, a ACA é comandada pelos irmãos Marín López, que se separaram do EPP. Em novembro do ano passado, um dos irmãos, Estebán Marín Silva, 36, foi morto junto com outros dois homens durante ataque dos militares contra os guerrilheiros.

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