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Interior

Brasileira sequestrada após ataque com morte em fazenda volta para casa

Josimeire Vieira de Oliveira Lopes reencontrou os pais no posto migratório de Pedro Juan

Helio de Freitas, de Dourados | 17/06/2021 09:10
Josimeire (1ª à direita) ao lado da mãe, no posto migratório em Pedro Juan (Foto: Marciano Candia)
Josimeire (1ª à direita) ao lado da mãe, no posto migratório em Pedro Juan (Foto: Marciano Candia)

A brasileira Josimeire Vieira de Oliveira Lopes, 32, que estava desaparecida depois de ataque de guerrilheiros à fazenda onde o marido dela trabalhava no Paraguai e foi encontrada terça-feira (15), já voltou para a casa de seus pais, em Foz do Iguaçu (PR).

Ontem à noite, ela foi entregue por policiais paraguaios a agentes da Polícia Federal brasileira no posto migratório de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.

Os pais de Josimeire vieram do Paraná para acompanhar as buscas e foram ao escritório do governo paraguaio para levá-la de volta para casa.

Veja o vídeo:

Josimeire foi localizada a 40 quilômetros do local do ataque promovido por oito homens armados e usando roupas camufladas. A suspeita é que a quadrilha faça parte de grupos guerrilheiros radicados na região norte do Paraguai.

O marido de Josimeire, o também brasileiro Jonas Fernandes Alves, 38, foi ferido com tiro na barriga e morreu antes de ser socorrido. Outra mulher, identificada como Elis Regina de Lima, 38, levou tiro de raspão na cabeça e sobreviveu.

A Fazenda San Jorge, de onde Josimeire foi levada, fica a 10 km do centro urbano de Sargento José Félix López, povoado paraguaio de sete mil habitantes conhecido como Puentesiño. O local fica a 71 km de Bela Vista (MS). Em linha reta, o povoado está a menos de 15 km do território sul-mato-grossense.

Em nota à imprensa, a promotora de Justiça Leticia Delpuerto, que acompanha as investigações, disse que em depoimento Josimeire confirmou ter sido levada à força pelo grupo após o ataque e abandonada 30 km do local.

A brasileira informou às autoridades paraguaias que estava na fazenda para visitar o marido. “Efetivamente ela não é daqui”, afirmou a promotora. Segundo Leticia Delpuerto, o caso segue em investigação. A MP paraguaio pediu colaboração da polícia brasileira para ajudar no caso.

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