Justiça absolve réus acusados de levar carretas furtadas para a fronteira
Júlio César Guedes e Willy Relmmy Rocha da Silva eram suspeitos de envolvimento com organização criminosa
Em julgamento realizado na segunda-feira (18), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, da Justiça carioca, Júlio César Guedes e Willy Relmmy Rocha da Silva, de 33 anos, foram absolvidos pelo conselho de sentença da acusação de envolvimento com organização criminosa. Os dois foram acusados de serem os responsáveis por furtar carretas no Rio de Janeiro e levar até a fronteira com o Paraguai passando por Mato Grosso do Sul.
A quadrilha foi descoberta em 2021, quando a PRF (Polícia Rodoviária Federal) de Mato Grosso do Sul recuperou as três carretas envolvidas no crime. Duas foram interceptadas na BR-376 no distrito de Amandina, em Ivinhema, e a outra no Posto Capey na BR-463, em Ponta Porã, a 30 km do território paraguaio.
Durante a abordagem, Willy caiu em contradição e disse que tinha sido contratado por R$ 1.300 para conduzir a carreta do Rio de Janeiro até Ponta Porã por homem conhecido como Alexandre. Era Alexandre que mandava o dinheiro por Pix para ele abastecer o veículo na estrada.
Alegando não saber que a carreta tinha sido roubada no dia anterior, Willy afirmou que após entregar o veículo em Ponta Porã, voltaria de ônibus para o Rio. Os motoristas eram mantidos como reféns no Rio de Janeiro até que os veículos chegassem ao Paraguai.
Com a apreensão das carretas, policiais sul-mato-grossenses acionaram os colegas cariocas e as vítimas foram libertas do cativeiro em São Gonçalo (RJ). Os dez integrantes da quadrilha foram presos.
Durante o julgamento que ocorreu no início desta semana, apenas dois foram inocentados, os outros oito foram condenados por organização criminosa, roubo qualificado, sequestro e extorsão.
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