Justiça decreta prisão preventiva de policiais por roubo de cabelo humano
Policiais junto com um terceiro homem assaltaram casal que havia comprado o cabelo; caso segue em investigação
A Justiça de Mato Grosso do Sul decretou a prisão preventiva de dois policiais, um civil e um militar, presos por roubar carga de cabelo humano avaliada em R$ 150 mil, em Corumbá, a 419 km de Campo Grande. Eles passaram por audiência de custódia nesta terça-feira (18).
Os agentes da Segurança Pública e um terceiro homem foram presos na segunda-feira (17) por facilitação de contrabando ou descaminho e roubo qualificado. O delegado Regional da Polícia Civil de Corumbá, Fabrício Dias dos Santos, informou que o policial civil foi transferido para Campo Grande, assim como o cabo da PM, que será levado ao Presídio Militar Estadual, na Capital.
Segundo o Diário Corumbaense, a carga apreendida foi encaminhada para a Polícia Federal para apuração de eventual crime de competência da Justiça Federal.
Prisão - As vítimas relataram no boletim de ocorrência que compraram as malas com cabelo humano na Bolívia e estavam em um carro de aplicativo quando foram paradas por um trio armado, que estava em um Chevrolet Onix.
O rapaz, identificado apenas como Eric, ameaçou o motorista de aplicativo e obrigou ele a parar o carro. Neste momento, os policiais, que utilizavam toucas na cabeça, pegaram as malas que estavam no bagageiro e saíram em alta velocidade.
Pouco tempo após o assalto, uma viatura da Polícia Militar passava pelo local e as vítimas informaram as características dos autores e do veículo utilizado pelos bandidos. No Onix, identificado pelos policiais e reconhecido pelas vítimas, estava um policial civil conduzindo o carro, acompanhado por um policial militar e Eric.
Nervoso, o policial civil, que estava de folga, justificou que estaria atuando em um suposto flagrante de contrabando. O militar, que acompanhava e também estava de folga do serviço, informou que estaria dando apoio ao flagrante. O militar teve sua arma momentaneamente retida e os suspeitos do assalto foram encaminhados à delegacia. O casal apresentou as notas fiscais comprovando a compra dos cabelos.
Procuradas, a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul afirmaram que abrirão procedimentos administrativos para apurar o caso.
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