Justiça mantém prisão de traficantes liderados por vereador nordestino
Seis dos presos tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta sexta (20)
A Justiça manteve, durante a tarde desta sexta-feira (20), a prisão de seis dos 12 alvos da Operação Olho de Vidro, deflagrada em Ponta Porã, a 313 quilômetros de Campo Grande. Os investigados, de acordo com os autos processuais, participavam do envio de drogas da fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai para outras unidades federativas.
De acordo com a documentação obtida pela reportagem, o juiz federal Cristiano Harasymowicz de Almeida converteu o flagrante em prisão preventiva, o que resultou na fixação da detenção de Rafael Leandro de Campos e a esposa, Melissa Carly Domingue Rodrigues, já presos por mandado temporário. Os detidos estão sob custódia na Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã.
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes da PF encontraram uma pistola com numeração raspada e tabletes de maconha e cocaína na casa de Rafael e Melissa.
Além deles, quatro suspeitos foram presos em flagrante durante a operação, embora não fossem alvos iniciais, todos oriundos do Espírito Santo. São eles: Ramon Rodrigues Santos - 25 anos; Caique Geovani Felix da Silva - 23 anos; Ricardo dos Santos Martins - 28 anos; Djuliana Medina Silva - 23 anos.
Três investigados são considerados foragidos, entre eles o líder da organização, o vereador no terceiro mandato José Joacir Cristovão da Silva, o “Oim” (Podemos), de João Alfredo (PE), município localizado a 106 km de Recife, no agreste pernambucano.
As investigações são conduzidas pela Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã e começaram em maio de 2022, após apreensão de 400 quilos de drogas em caminhão apreendido na linha internacional.
Ao apurar a origem do carregamento, a PF identificou atuação da organização criminosa supostamente chefiada pelo vereador pernambucano. A droga era enviada de Ponta Porã para vários estados brasileiros e para a cidade de João Alfredo, onde “Oim” é apontado como um dos líderes do PCC.
O nome da operação faz referência ao fato de José Joacir ter um olho de vidro. Em 2010, ele já havia sido investigado pela polícia pernambucana por envolvimento com receptação de veículos roubados.
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