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Interior

Marido de vereadora preso na fronteira é levado para capital paraguaia

Celso Eni Mendes dos Santos Junior foi preso ontem em Pedro Juan acusado de financiar tráfico

Helio de Freitas, de Dourados | 07/07/2021 09:00
Celso Eni acompanha agentes paraguaias contando dinheiro apreendido com ele (Foto: Divulgação)
Celso Eni acompanha agentes paraguaias contando dinheiro apreendido com ele (Foto: Divulgação)

Já está em Asunción, a capital do Paraguai, o brasileiro Celso Eni Mendes dos Santos Junior, 37, o “Billy”, preso ontem (6) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande.

Acusado de financiar o tráfico de drogas na fronteira, Celso é filho de advogado, sócio de empresa de consultoria e casado com a vereadora de Ponta Porã Kamila Alvarenga Alvarez (PSDB).

Os dois paraguaios presos com Celso também foram levados para a capital, por medida de segurança. Eles devem ficar na Agrupación Especializada, sede de um grupo de elite da Polícia Nacional.

Outros traficantes brasileiros já estiveram presos provisoriamente nessa unidade. Um deles foi outro sul-mato-grossense, Jarvis Gimenes Pavão, atualmente no presídio federal de Brasília.

Celso Eni Junior, Julio Cesar Cáceres Espínola, 36, e Eugenio Gómez Jara, 68, o “Titito”, foram presos ontem na Operação Reflexo, desencadeada pela Unidade Especializada de Luta contra o Narcotráfico do Ministério Público paraguaio e por agentes especiais da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).

O também paraguaio Willian Ramón González, 28, chegou a ser detido em um dos cinco locais onde foram cumpridos mandados, mas foi liberado. Quatro promotores de Justiça vieram da capital paraguaia para coordenar as buscas na fronteira com Mato Grosso do Sul.

Celso foi abordado ainda na rua em um Volkswagen Polo com placa de Ponta Porã. Com ele os agentes encontraram R$ 53 mil em reais e 4.200 dólares (em torno de R$ 21,3 mil).

Segundo as investigações, Celso Eni seria o financiador do esquema de envio para o Brasil de maconha produzida na zona rural de Pedro Juan Caballero. Eugenio seria o intermediador dos negócios entre os produtores da droga e o brasileiro e Julio Cesar fazia parte do apoio logístico.

A Senad e o Ministério Público paraguaio chegaram à quadrilha após a apreensão, em junho deste ano, de quase meia tonelada de maconha em Pedro Juan Caballero. A droga estava sendo trazida para o Brasil.

Os três presos ontem em operação contra o narcotráfico na fronteira (Foto: Reprodução/ABC Color)
Os três presos ontem em operação contra o narcotráfico na fronteira (Foto: Reprodução/ABC Color)


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