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Interior

Brasileiro preso na fronteira estava com 74 mil em reais e dólares

Celso Eni Mendes dos Santos Junior aparece como sócio de empresa em Ponta Porã

Helio de Freitas, de Dourados | 06/07/2021 10:52
Agente da Senad conta dinheiro apreendido com brasileiro, hoje na fronteira (Foto: Divulgação)
Agente da Senad conta dinheiro apreendido com brasileiro, hoje na fronteira (Foto: Divulgação)

O brasileiro Celso Eni Mendes dos Santos Junior, 38, o “Billy”, preso nesta terça-feira (6) em Pedro Juan Caballero é apontado como financiador do esquema de remessa de maconha do Paraguai para o território nacional através de Mato Grosso do Sul.

Com ele, agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e os promotores de Justiça da Unidade Especializada de Luta contra o Narcotráfico do Ministério Público apreenderam R$ 53 mil em reais e 4.200 dólares (em torno de R$ 21,3 mil, pela cotação de ontem).

Filho de advogado de Mato Grosso do Sul e sócio de empresa de consultoria em Ponta Porã, Celso Eni Junior foi um dos quatro homens presos hoje na Operação Reflexão, deflagrada em Pedro Juan Caballero para desmontar o esquema de tráfico.

Além dele, foram presos os paraguaios Jullio Cesar Cáceres Espínola, 36, Eugenio Gómez Jara, 68, o “Titito”, e Willian Ramón González, 28. Eugenio é apontado como o responsável em intermediar a venda de droga para o mercado brasileiro e os outros dois faziam parte do esquema logístico para produção e transporte de maconha.

Celso Eni Mendes dos Santos Junior, o "Billy" (Foto: Divulgação)
Celso Eni Mendes dos Santos Junior, o "Billy" (Foto: Divulgação)

Os quatro foram presos durante a “Operação Reflexo”, continuação da “Operação Gredos”, desencadeada no mês passado para desmontar a organização criminosa radicada em Pedro Juan Caballero. Conforme a Senad, o esquema é formado por traficantes paraguaios e financiado pelo brasileiro Celso Eni Junior.

As investigações mostram que a quadrilha trazia para Pedro Juan Caballero a maconha já prensada de áreas de cultivo nas colônias María Auxiliadora e Santa Clara. Da cidade-gêmea de Ponta Porã, a droga era enviada para o Brasil escondida em veículos.

Em uma ações para tentar apreender cargas do grupo, os transportadores “furaram” a barreira policial e fugiram. Posteriormente, os agentes antidrogas conseguiram apreender quase meia tonelada de maconha em dois carros com placas paraguaias.

Além do dinheiro que estava em poder do brasileiro, os agentes da Senad e promotores apreenderam documentos, anotações e veículos. Os quatro presos já foram levados para o presídio de Pedro Juan Caballero, por medida de segurança.

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