MPF investiga morte de bebê e determina auditoria em hospital de Dourados
O MPF (Ministério Público Federal) instaurou dois inquéritos civis para investigar a demora na realização de partos, que resultou na morte de um bebê e sequelas cardíacas em outro, no Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).
Também foi determinado que a Secretaria Estadual de Saúde realize auditoria na maternidade do hospital. À PF (Polícia Federal), foi solicitada a instauração de inquérito.
Uma das gestantes foi internada no HU em 15 de abril deste ano, com fortes contrações. Ela estava com 41 semanas de gestação. Contudo, a equipe médica esperou dois dias para realizar o parto normal.
No final, a operação foi realizada pelos médicos, mas o bebê estaria com o cordão umbilical enrolado em volta do pescoço. Segundo o marido da vítima, os médicos teriam tentado "empurrar" o bebê, para assim realizar a cesárea.
No segundo caso, a demora na realização da operação cesariana em outra gestante pode ter ocasionado sofrimento fetal e os problemas cardíacos que o recém-nascido apresenta.
Para o MPF, há indícios da prática do crime de homicídio, no primeiro caso. Os profissionais que atuam na maternidade do Hospital Universitário se igualam aos servidores públicos federais, no que diz respeito à penalidade de crimes, mesmo que alguns sejam servidores municipais cedidos.
Já a auditoria vai verificar o número de servidores, cumprimento da carga horária e escala de plantões; existência de estrutura física, medicamentos, material de consumo básico do hospital e gerador em funcionamento.