Operação chega ao fim com destruição de 1 milhão de quilos de maconha
Trigésima sexta edição da Nova Aliança durou 12 dias na fronteira do Paraguai com MS
Terminou a 36ª edição da Operação Nova Aliança, ação permanente de combate ao cultivo de maconha na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul. desenvolvida pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) com apoio da Polícia Federal brasileira e das forças armadas paraguaias, essa etapa durou 12 dias.
Conforme balanço divulgado nesta segunda-feira (3), pelo menos 1 milhão de quilos de maconha foram destruídos. São entorpecentes já processados e prontos para o consumo, erva picada que secava ao sol e roças da droga cultivadas no meio de matas fechadas e cumes de morros, onde é possível chegar apenas de helicóptero (veja o vídeo acima).
As incursões ocorreram nas localidades conhecidas como Cadete Boquerón, Trabuco, Karapã'i, Cerro Kuatia, Colônia Piray, Colônia Estrella, Tatú e María Auxiliadora, no Departamento de Amambay. As áreas de cultivo ficam no entorno de duas bases do crime organizado na fronteira – Capitán Bado e Pedro Juan Caballero.
Lideradas pelo promotor de Justiça Celso Morales, as equipes desmantelaram 131 acampamentos precários, montados no meio da mata para processar a maconha. Nesses locais, foram encontrados 82,6 mil quilos da droga pronta e 750 quilos de sementes.
Também foram destruídos 334 hectares de lavouras em etapa de crescimento e colheita. Cada hectare produz, em média, três toneladas da droga pronta.
Levando em conta essa estimativa e o total da maconha já processada, a Senad afirma que foram tiradas de circulação 1.084 toneladas do entorpecente. Grande parte seria destinada ao mercado brasileiro, onde cada quilo de maconha é vendido por até 150 dólares nos grandes centros.
Ainda segundo a agência paraguaia, essa fase da Nova Aliança causou prejuízo de ao menos 162,7 milhões de dólares às facções brasileiras que controlam o cultivo de maconha na linha internacional.