Paraguai e Brasil iniciam nova ofensiva contra roças de maconha na fronteira
Operação ocorre nos arredores de Capitán Bado, onde facções criminosas controlam produção da droga
Paraguai e Brasil iniciaram mais uma ofensiva conjunta contra roças de maconha na fronteira com Mato Grosso do Sul. A 36ª edição da Operação Nova Aliança está concentrada em áreas de mata nos arredores de Capitán Bado, cidade paraguaia separada por uma rua de Coronel Sapucaia (a 396 km de Campo Grande).
As ações envolvem equipes terrestres e aéreas da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai e da Polícia Federal brasileira e têm como objetivo destruir roças da erva e laboratórios usados para secar e embalar a droga.
Segundo autoridades paraguaias, o Departamento de Amambay, do qual fazem parte Capitán Bado e Pedro Juan Caballero (a capital), concentra grande parte da maconha produzida no país vizinho. As lavouras são controladas por facções criminosas e 80% da produção é destinada ao mercado brasileiro.
Durante pelo menos 15 dias, os agentes federais vão percorrer áreas de cultivo da droga para destruir a estrutura dos traficantes. Helicópteros da Força Aérea Paraguaia e da Polícia Federal ajudam a localizar as roças, geralmente cultivadas no meio da mata fechada no cume de morros.
Nas primeiras investidas, na região conhecida como Cadete Boquerón, foram detectados 13 hectares de maconha, seis acampamentos narcos e 300 quilos de maconha já pronta para o consumo.
Os pés de maconha cortados a golpes de facão pelos agentes federais foram incinerados junto com os acampamentos. Só nessas áreas, seriam produzidas pelo menos 39 toneladas da droga. O prejuízo estimado é de 5,8 milhões de dólares.